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Politica Brasil
Segunda - 03 de Julho de 2006 às 11:03
Por: Sandra Carvalho

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Chegamos ao ponto em que falar em política no país é o mesmo que falar em corrupção. Para o ex-deputado Bento Porto, candidato pelo PSC a governador do estado, nestes dias de convenção os partidos políticos caminham para onde tem dinheiro ou onde tenham a maior chance de arrancar recursos para financiar a campanha.

maggi2244.jpg "Neste caso o lugar mais prático é em torno de quem detém a chave do cofre público", frisa o candidato, lamentando que nossa democracia confunde voto com dinheiro. Segundo ele, a primeira pergunta que faz qualquer eleitor é se o candidato tem dinheiro. "Se tem dinheiro tem visibilidade eleitoral. Se não tem dinheiro é um pobre e vai perder a eleição. Não se avalia o candidato pelos seus valores pessoais, pelo seu currículo, ou pelos serviços prestados ao estado e ao País", destaca ele.

Continuando sua avaliação, Bento Porto lembra que o processo corrupto atropela o princípio democrático constitucional da igualdade de condições na disputa. "É por estas e outras que o candidato à reeleição, o governador Blairo Maggi, conseguiu aliciar os maiores partidos do Estado - O PMDB, o PFL, o PP, o PTB, PL - e uma carrada de partidos menores", aponta o ex-deputado.

Não se sabe quanto de dinheiro está rolando nesta parada, continua o candidato. "Sabe-se, todavia, do compromisso com o financiamento de candidaturas de mais de uma centena de candidatos. Isto provavelmente com dinheiro do cofre público porque do céu com certeza esse dinheiro não cai. Ou antecipado pelo grupo privado no poder o que posteriormente será ressarcido com as manobras e favorecimentos nas isenções fiscais, nas compras e vendas do estado, nos serviços e obras".

Depois do aliciamento dos donos de partidos, do qual o povo esta fora, vem a compra de lideranças para obter votos nos municípios. "Um bom cabo eleitoral, um vereador, ou o apoio de um prefeito não custa barato. Milhões de reais devem estar envolvidos nestas transações, e o dinheiro acaba vindo direta ou indiretamente do cofre público".

É o próprio povo quem paga, alerta o candidato, principalmente a classe média cada vez mis esmagada com os impostos e com os juros dos bancos da maior exploração financeira que tomam conta do País. "Além da imensa legião de cabos eleitorais para trabalhar para a reeleição, com as coligações o tempo na mídia de televisão e rádio chega a ser quase 10 vezes maior que o tempo do PSC".

Bento Porto lamenta que esse tempo seja utilizado para enganar o eleitor pela arte dos marketeiros, fazendo um cenário para enganar o eleitor, quando na verdade o interesse predominante é a vantagem pessoal de poder político e econômico. Neste caso a legislação eleitoral é uma fantasia porque não tem condições de controlar esta corrupção na disputa eleitoral roubam o dinheiro público do povo.

"Tudo parece ser até normal porque o próprio presidente fez caixa 2 do PT, até com dinheiro do Brasil, através do valerioduto. A CPI do congresso mostrou a corrupção de todo lado, com o último caso escandaloso, a Sanguessuga". Para Bento Porto, é chegada a hora do povo mato-grossense reagir com indignação e responder nas urnas esta falta de respeito com o dinheiro público.

O ex-deputado Bento Porto acredita que o povo desta vez não embarcará nesta versão de que só quem tem dinheiro e poder é que ganha a eleição. Bento Porto confia na reação da classe média, dos agricultores, dos madeireiros e dos servidores públicos. Apesar de estar num partido pequeno e fazer uma campanha humilde para governador, Bento Porto não acredita que o dinheiro vai conseguir comprar a consciência do povo nestas eleições e votará em quem tem serviços prestados e um grande projeto de governo voltado para o povo e não para os interesses de grupos econômicos e políticos.





Fonte: SC Comunicação

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