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Cultura
Segunda - 26 de Junho de 2006 às 13:34

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A manifestação cultural, em todas as formas, representa a expressão da alma de um povo. Através dela é possível compreender o que acontece num determinado período da história e o significado disso na memória de um povo. É com base nesse pensamento que o XXII Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães, que acontece de 1º a 8 de julho, com o título “Identidades e Culturas”, reúne diversas formas de arte - pinturas em telas, artes plásticas, artesanatos, fotografias, gravuras, além de dança, teatro, música e cinema, para mostrar, ao público visitante, o trabalho do povo mato-grossense, através de seus artistas regionais. A Chapada possui grandes belezas naturais e também um acervo valioso de patrimônio cultural.

A proposta é a valorização dos traços culturais de Mato Grosso. Para que isso ocorra, o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Chapada dos Guimarães, vão transformar os espaços culturais em meios de interação entre a obra e o espectador durante o evento.

O início dessa “explosão” cultural será no sábado, dia 1º de julho, a partir das 17h00, no Espaço Cultural Frei Osvaldo, com a apresentação dos artistas Vera Capilé e Abel Santos, Coral do Tribunal de Contas do Estado - TCE, Coro Infanto-juvenil de Chapada dos Guimarães, apresentação da peça ‘Visitando Silva Freire’ com o Grupo Fagos, exposição ‘Coisas de Chapada’; exposição de artes plásticas – ‘Xinguanas’- do artista plástico Clóvis Irigaray, na Pellegrim Galeria; exposição ‘Artes Plásticas no Século XVIII’ na Igreja Nossa Senhora de Santana; exposição ‘Fotografias e Objetos’ na Sala da Memória; ‘Coletiva de Fotógrafos da Chapada’ no Espaço Cultural Véu de Noiva, dentre outras atrações.

A exposição ‘Coisas da Chapada’ vai retratar aos moradores da Chapada e visitantes um pouco mais sobre a história do local com registros de imagens, desenho e pinturas, em painéis, como a expedição de Langsdorf, no inicio do século XIX comandada pelo barão Heinrich Von Langsdorff e o desenhista e pintor Hércules Florence. Eles registraram aspectos da região, costumes da população e dos índios. Os registros científicos da expedição – referentes a zoologia, botânica, mineralogia, etnografia, medicina, lingüística – estiveram perdidos por praticamente cem anos em instituições de Moscou e Leningrado. Em 1875, Alfredo D’ Escragnolle, o Visconde de Taunay, encontrou cópia do diário que Florence deixara com a família, relatando a parte da viagem do Rio de Janeiro até Cuiabá.

Consta também na exposição a planta baixa da Igreja de Santana e os projetos da piscina e usina de cana de açúcar, que não foram concretizados, feitos pelo arquiteto e urbanista Lucio Costa, além de objetos do cotidiano como panelas de ferro e cestarias.

Exposição Artes Plásticas

De acordo com a coordenadora de artes visuais, Regina Pena, na exposição ‘Artes Plásticas no Século XVIII’, estará a mostra o acervo da igreja, que é a arte plástica do século XVIII e objetos sacros, que são verdadeiras relíquias.

Na galeria Pelegrim estará em cartaz à exposição ‘Xinguanas’, que retrata os povos indígenas. São aproximadamente 10 telas do artista plástico mato-grossense, Clóvis Irigaray. As obras são dos acervos da secretaria de Cultura do Estado, da Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT, de particulares e colecionadores.

C.H Irigaray, Clóvis H. Irigaray e Irigaray são as assinaturas que o artista usa no registro das suas obras. Ele não se prende a nenhuma escola com obras tridimensionais. Seu relacionamento com a pintura não é por mero acaso, sua mãe já era pintora. Com cinco anos de idade ele começou os seus primeiros rabiscos, época na qual expressava seu talento para o pastel um hiper-realismo fotográfico.

Clovito, como é conhecido no meio artístico, carrega em sua bagagem medalhas de ouro, prata e bronze. A sua artística é intensa com obras espalhadas por todo o país e adquiridas por diversos colecionadores nacionais e internacionais.

Irigaray é um homem livre, inquieto, que coloca em cada tela, a sua visão humanitária diante da vida, despertando amor e admiração. Ele, além de não seguir regras acadêmicas, também não segue padrões sociais, Clovito é pura emoção. Quando inspirado, chega a pintar em apenas um dia, uma média de cinco telas. Porém quando não está afim, não força a natureza.

Exposição fotográfica – O termo fotografia significa desenhar ou escrever com a luz. Portanto, Chapada dos Guimarães é o cenário perfeito, tanto do ponto de vista estético, como seus inusitados ângulos de visão, com o close, desfoque, a imagem tremida e o registro do movimento, quanto pela precisão absoluta que reproduz a natureza. E, o registro deste cenário será mostrado na ‘Coletiva de Fotógrafos da Chapada’, no espaço Cultural Véu de Noiva, dentro do Parque Nacional, com 16 fotos (30x45) de quatro fotógrafos amadores residentes em Chapada – Agda Maria Detogni, Helena Maria Curvo Pena, Giuliano Bernardon e Bruno Lintomem. A coletiva mostra, através de olhares diferentes, o cenário local, sem se preocupar com as técnicas utilizadas por profissionais.





Fonte: 24HorasNews

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