PPS de MT dá como certo recuo da candidatura de Roberto Freire e alianças com PSDB, PP e PFL
O anúncio da retirada já é fato consumado, de acordo com os líderes mato-grossenses, porque as negociações das cúpulas do PPS e do PSDB já estão em "estágio avançado", porque a meta principal das duas agremiações e fazer uma frente contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Tanto assim, que os líderes do PPS de MT já mudaram o tom do discurso que era feito contra os tucanos, especialmente os dois líderes maiores do PSDB, Dante de Oliveira e Antero Paes de Barros.
O próprio governador Blairo Maggi já disse que não tem "restrições" a ninguém, numa senha pública para um possível entendimento com seus principais críticos e algozes na campanha eleitoral de 2002. O coordenador de campanha de Maggi, Luiz Antonio Pagot, em seu estilo, afirmou que a candidatura Freire "é fraca" e, portanto, sem futuro.
Até o "radical" Percival Muniz, ex-prefeito de Rondonópolis, que fez um discurso histórico contra a reedição da aliança com o PFL e PP, este últimoi partido até então envolvido no escândalo do mensalão, mudou o tom. Apesar de crítico, Muniz já não faz restrições públicas à reedição da aliança e já fala abertamente na aproximação com o PSDB por conta da conjuntura nacional.
Já para outras lideranças do PPS, o risco da incoerência entre uma coligação com o PSDB em âmbito regional é muito grande, mas "mesmo assim vale pelo sacrifício da reeleição do governador Blairo Maggi e para a eleição de Geraldo Alckmin", que até o momento não deslanchou e tampouco empolgou o eleitorado, segundo todas as pesquisas de opinião já realizadas até o momento.
Os tucanos e socialistas do PPS apostam numa reviravolta e desdenham, nos bastidores, o poder de crítica do eleitorado, que pode não assimilar uma aliança entre as duas siglas. Pesquisas realizadas pelos tucanos e pelo PFL apontaram, por exemplo, que não ficaria bem Jaime Campos, Dante e Antero no mesmo palanque, afinal eles sempre foram adversários históricos.
Mesmo assim, os líderes do PFL, PPS e PSDB estão agitados como nunca nos bastidores e já torcem para a confirmação da deistência da candidatura de Roberto Freire, que ficaria inviabilizada por um combinação de fatores, menos o lado ideológico e pragmático, praticamente destroçado por um acordo de bastidores.
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