Sob cenário incerto, siglas tentam "amarrar" alianças

Mesmo com a indefinição do quadro nacional, os partidos estão se agrupando no Estado da forma que podem e delineando as alianças. O PP e o PTB, que decidiram ficar livres nos Estados, já fecharam apoio à reeleição do governador Blairo Maggi, enquanto o PC do B está com o PT, defendendo a pré-candidatura Serys Marly à sucessão estadual.

O PL, que também está livre, deverá marchar com o PT ou com o PMDB. O presidente da legenda, deputado federal Wellington Fagundes, irá se reunir nesta semana com Serys e, depois, com a comissão do PMDB. "Eu também vou conversar com o PMDB", avisou a senadora.

Ela não descarta a possibilidade de conseguir o apoio do PMDB, mesmo o partido tendo decidido que terá candidato próprio. O nome lançado é do deputado Zé do Pátio. Já Maggi não mostra muito interesse em ter o apoio dos peemedebistas. "Só vou conversar se houver a aliança nacional", diz.

A indecisão nesse processo fica por conta do PFL e do PSDB. Mesmo sendo aliados em nível nacional, os dois partidos não se entendem em MT. A razão é a disputa pelo Senado. Os pefelistas consideram a pré-candidatura do ex-governador Jaime Campos como "cláusula pétrea", enquanto os tucanos não abrem mão da reeleição do senador Antero Paes de Barros.

Enquanto não se entendem, tanto o PFL como o PSDB "namoram" o PPS, de Blairo Maggi. Na expectativa do PPS apoiar a candidatura do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República, os dois partidos mantêm a esperança de seus candidatos ao Senado fazerem dobradinha com o chefe do executivo estadual.

Para apimentar mais esse imbróglio, Blairo Maggi anunciou, na terça-feira passada, a sua preferência pela candidatura de Jaime Campos. Mas avisou: se a aliança for possível, não irá se meter nessa disputa. "O PFL e o PSDB é que precisam se entender", disse. Dessa forma, se não puder aliar, o PFL avalia a possibilidade de apoio branco a Maggi, enquanto o PSDB volta a articular projeto de candidatura própria.