Serys acena para PMDB e nega conflito com Bezerra

A presidente estadual do PT, senadora Serys Marly, avalia que o partido se aproxima ainda mais de uma coligação com o PMDB em Mato Grosso por causa da decisão da cúpula nacional petista em oferecer aos aliados a vaga de vice na chapa do presidente Lula.

Mesmo disposta a se coligar com a agremiação presidida pelo ex-senador Carlos Bezerra, Serys avisa que não recua de sua candidatura ao governo estadual. O PMDB também conta com a disposição dos deputados Zé Carlos do Pátio e Teté Bezerra na disputa pelo Palácio Paiaguás.

Serys alega que o objetivo do partido no Estado é ampliar o arco de alianças e, por isso, está disposta a negociar as candidaturas a vice e senador pelo grupo de oposição ao governador Blairo Maggi (PPS). Segundo ela, sua pré-candidatura só seria reavaliada se os petistas revogassem a resolução que defende projeto próprio.

"Com certeza, essa decisão do nosso partido (em oferecer a vaga de vice) facilita as coisas com o PMDB. Mas ainda espero que isso se concretize realmente", afirmou Serys. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro (PT), oficializou ao PMDB a chance de indicar o candidato a vice de Lula.

Serys diz que as divergências com Bezerra foram superados. "Nunca subi num palanque para falar mal dele e acredito que o Bezerra também não fez o mesmo comigo. Por isso, essa aliança não seria nada traumática".

No PMDB - A direção estadual do PMDB demonstra cautela em relação à possibilidade de aliança com PT. Diz que a prioridade é candidatura próprio. Bezerra argumenta que os demais peemedebistas não querem aliança com o PT por causa do distanciamento agravado com as antigas críticas feitas durante o governo FHC.

O presidente da Assembléia, deputado Silval Barbosa, também diz que não existem motivos para qualquer filiado apoiar o PT diante da administração Lula. Alega que o presidente não estaria cumprido as promessas de campanha, além da suposta queda de 70% no repasse de recursos federais a MT. Isso dificultaria a coligação regional.

Silval e Bezerra apóiam a realização de pesquisas para lançar Pátio ou Teté ao Paiaguás.