Jonas recua e rejeita apoio branco

O senador Jonas Pinheiro (PFL) recuou. Disse ontem que recusa a idéia de apoio branco à candidatura do governador Blairo Maggi (PPS). Ele mudou o discurso um dia após Maggi dar sinais de preferência pelo deputado Wellington Fagundes (PL) na disputa ao Senado.

Jonas alega que o PFL não apoiará informalmente Maggi porque irá optar por uma coligação com o PSDB, caso a verticalização sugira uma aliança nacional com os tucanos. Até o mês passado, o senador admitia que os pefelistas poderiam declarar "apoio branco" ao governador se Maggi apoiasse Jaime Campos ao Senado. Segundo ele, isso ocorreria mesmo com a verticalização.

"Acredito que o PFL ainda está próximo do governador, mas, se isso não continuar ocorrendo, por que vamos ficar com um apoio branco se temos a possibilidade de aliança oficial com o PSDB?", ponderou Jonas Pinheiro.

Até então, o senador era considerado um dos maiores defensores do apoio a Maggi. A simpatia à reeleição do governador, no entanto, parece ter diminuído com a aproximação dos liberais ao Palácio Paiaguás.

Os pefelistas deverão se reunir nos próximos dias com o PSDB para avaliar a possibilidade de formação de um novo bloco de oposição no Estado. Até o momento, segundo Jonas, apenas a pré-candidatura de Jaime é irreversível para os correligionários. "Essa conversa de chapa branca está descartada, mas não acredito que o Blairo vai querer abrir mão de ter o Jaime no seu palanque", completou.

O líder do PFL na Assembléia, Dilceu Dal Bosco, diz que a maioria do partido se posiciona contrário à proposta de apoio branco. Diz que a "chapa informal" prejudicaria o crescimento da legenda. "Pelo que tenho conversado com o grupo, pude sentir que a maioria rejeita essa tese. Todos sabem que isso seria prejudicial para todo o partido". Dilceu nega que a rejeição ao apoio branco tenha sido motivado pela aproximação do governador com partidos que já têm pré-candidatos ao Senado.