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Cultura
Domingo - 16 de Abril de 2006 às 20:15

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A personagem Suzy, de Belíssima, agiu como um furacão na vida de Juliana Kametani. Tudo começou com um teste despretensioso feito em Curitiba, no Paraná. Uma semana depois, a moça soube que tinha sido aprovada e que dispunha de apenas três dias para começar um trabalho junto ao elenco de uma novela da Globo.

Para encarar esse primeiro papel na televisão, a sansei - neta de japoneses - o tempo foi curto em todos os sentidos. Tanto se praparar psicologicamente quanto para questões práticas, como arrumar as malas e encontrar lugar para morar na nova cidade. "Tudo aconteceu muito rápido, mas está sendo maravilhoso. O trem só passa uma vez, eu tinha de aproveitar", filosofa.

Não se pode dizer, no entanto, que ela levava uma vidinha pacata até ali. Por conta da carreira de modelo, Juliana já havia até morado nos Estados Unidos. A diferença é que ela ficou apenas dois meses por lá. Por ela, agora, ela iria para Curitiba todo fim de semana. "Mas como o ritmo de gravação é puxado, o tempo ficou curto", explica.

Exatamente por ter essa vivência de modelo, Juliana achou muito importante a abordagem do tema que envolve a personagem, por Sílvio de Abreu. Na trama, Suzy é uma menina que aspira ser modelo e acaba vítima de um esquema de prostituição que usa uma agência como fachada. Segundo a atriz, não é tão raro acontecer coisas semelhantes no meio da moda e até entre artistas. "Sei que prostituição ocorre muito. E o comum é pensar que isso vai acontecer com a gente", lamenta, com ar preocupado. Ela conta que por isso mesmo, quando que surge algum trabalho, seus pais sempre procuram saber tudo sobre a agência e o que será feito. "É muito mais seguro", aconselha.

Na trama, a personagem Suzy foi salva das garras do agente inescrupuloso que queria vendê-la como garota de programa para empresários egípcios. O que vem daí para frente ela ainda não sabe, mas está orgulhosíssima por estar participando do primeiro núcleo japonês em uma novela.

Enquanto se preparava para compor a personagem, Juliana conta que ouviu muitos conselhos dos amigos do pai: "Eles falavam pra mim: 'não vai ficar falando errado e balançando a cabeça para cima e para baixo o tempo todo, que não é assim'". Explica-se: a intenção era não deixar os personagens muito caricatos. Juliana diz ainda que ela, Carlos Takeshi e Eduardo Hashimoto, que interpretam o pai e o irmão de Suzy na novela, conversaram muito para evitar os rótulos. "O japonês na novela é sempre o dono da pastelaria. Nessa é diferente. Estou adorando e me sentindo orgulhosa disso", ressalta ela.

Apesar disso, a fama ainda assusta a atriz. Especialmente quando ela volta para Curitiba, sua cidade natal. Os costumeiros passeios no shopping com as amigas estão sendo deixados de lado por causa dos primeiros fãs. "É estranho. As pessoas ficam me olhando o tempo todo e eu fico sem graça. Ainda não me acostumei. Fico achando que estou malvestida, sei lá!", conta, rindo. Outra coisa que mudou, segundo Juliana, é o número de amigos que aumentou muito. Ela reclama que não consegue mais dar atenção às amigas porque tem saudades da família. "Quando estou em Curitiba quero ficar em casa com minha família. Quase não dá tempo de sair", lamenta.

Diferentemente de sua família no folhetim de Sílvio de Abreu, os Kametani não seguem muito à risca as tradições japonesas. Segundo Juliana, os rituais pararam com seus avós. Porém, ela gosta de ler muito e estudar sobre a cultura nipônica. E é desse interesse que surge sua próxima aventura. "Vou ao Japão ainda este ano", garante.





Fonte: Terra

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