Eraí Maggi mantém projeto ao Senado

O líder empresarial e primo do governador Blairo, Eraí Maggi (PDT), manterá a pré-candidatura de senador mesmo com o afastamento do PFL em relação à base aliada. De acordo com o deputado Carlos Brito, os pedetistas também não aceitam a proposta de candidatura única em favor de Pedro Henry (PP).

Carlos Brito alega que o PDT nacional sinaliza em não ter candidato a presidência da República, o que liberaria a sigla nos Estados. Não deixa de admitir, no entanto, que parte dos correligionários insistem com a discussão sobre o lançamento de um filiado na sucessão do presidente Lula.

Além do ex-ministro da Educação, Cristovam Buarque (DF), o PDT conta com as pré-candidaturas do senador Jeferson Peres (AM) e do governador Ronaldo Lessa (AL). A maioria, no entanto, prefere liberdade nos Estados para garantir pelo menos 5% de votos nos Estados e atingir a cláusula de barreira. Caso contrário pode ficar impedido de receber o fundo partidário.

"Falei com o Manoel Dias (secretário-geral) e ele disse que existe apenas uma discussão sobre candidatura. Não é uma decisão. Além do mais, entramos em contato com a bancada e percebemos que a maioria é contra. O desejo é de liberdade para eleger pelo menos cinco dos nossos 15 pré-candidatos a governador", pondera.

O ex-secretário-chefe da Casa Civil frisa ainda que o líder empresarial Eraí Maggi não exigiu de Blairo apoio exclusivo ao Senado. A exigência levou ao acirramento de ânimo entre os aliados do PFL, que esperavam garantia de Blairo em apoiar o ex-prefeito Jaime Campos, presidente regional do PFL. A pressão só diminuiu após o Supremo Tribunal Federal anunciar a manutenção da verticalização, o que afastou os pefelistas da base.

Eraí se revela entusiasmado com a pré-candidatura ao Senado. Para ele, o projeto já é um desejo pessoal, mas sim coletivo, principalmente dos segmentos ligados ao agronegócio.