"Maggi fica melhor só com PPS"

O presidente regional do PPS, Percival Muniz, disse ontem que não está preocupado com a possibilidade do governador Blairo Maggi, candidato a reeleição, ficar isolado nas eleições deste ano. "Essa hipótese não me preocupa, porque as pesquisas mostram que ele fica melhor só com o PPS", enfatizou. "A nossa aliança será com o povo".

Muniz observou que Maggi faz "um governo lincado com o povo" e que os partidos são apenas uma espécie de acessórios não vitais para definir o resultado da eleição. "Não é a quantidade de partidos que vai ser decisivo para se ganhar a eleição", ponderou. "O Blairo está sintonizado com a vontade do povo, que vai reelegê-lo", diz.

"A questão de partidos é menos importante". O presidente do PPS observou que uma aliança menor evita o loteamento do governo, permitindo que os recursos cheguem na ponta como sempre defendeu o governador. Percival Muniz admitiu, porém, que a falta de tempo no horário eleitoral gratuito no rádio e televisão, caso o PPS fique isolado, preocupa, mas não é o fundamental.

Para ele, mesmo com um tempo pequeno, se bem aproveitado, é possível fazer a campanha e se comunicar com o eleitor. "O que precisamos discutir com a população é um programa de governo que garanta mais quatro anos de desenvolvimento", destaca. "Coligar com 3, 4 ou 5 partidos não vai fazer muita diferença, não!".

Muniz assegurou que Maggi não irá ficar isolado porque, na sua opinião, "isolado é ficar sem o povo ao seu lado". Diz que o governador não terá ao seu lado muitos partidos porque a legislação não permite. "Se dependesse da vontade dos partidos, o Blairo teria o maior arco de aliança da história política de MT". Na segunda-feira, em entrevista na Sema, Blairo Maggi disse que não disputaria as eleições se ficasse isolado. "Não tem problema. Se ficar bem isolado, vou para casa", afirmou. Mas acrescentou: "não vou ficar isolado e, portanto, sou candidato a reeleição". No mesmo dia a noite, Maggi reuniu os dirigentes do PPS para definir uma estratégia de buscar aliados. Na mira, estão o PTB e o PMDB.