Delegado começa ouvir envolvidos em pancadaria em Poconé

O delegado regional de Várzea Grande, Elias Daher, nomeado especialmente para investigar a pancadaria ocorrida nas dependências da Câmara Municipal de Poconé (cidade localizada a 100 quilômetros da Capital) no dia 14 de março, quando 10 pessoas ficaram feridas e mais de 30 cadeiras foram destruídas. O delegado disse que desde ontem começou a ouvir mais de 40 pessoas e, com isso, espera chegar até os culpados.

“Preliminarmente, existem os crimes de dano ao patrimônio público e lesão corporal, mas diante das investigações, poderemos chegar a outros”, informou o delegado.

Num primeiro momento, Elias Daher pretende ouvir o ex-presidente da Câmara, Celso Fontes, e a advogada Débora Simone Rocha Faria, que teriam iniciado a sessão de pancadaria. “Na fita gravada aparecem mais pessoas”, completou. O delegado terá 30 dias para concluir as investigações, mas se for necessário, pedirá mais tempo.

A pancadaria começou por volta das 09h30, durante a sessão extraordinária em que seria apreciada a destituição da Mesa Diretora do Legislativo, presidida pelo vereador Celso Fontes (PL).

Conforme a advogada de Fontes, Lenice Silva dos Santos, a sessão foi convocada pela vice-presidente, vereadora Mariana Petrolínia, para a destituição da Mesa Diretora, o que ocasionaria o segundo afastamento do vereador Fontes do cargo.

O primeiro foi em 09 de dezembro de 2005. Porém, após uma decisão liminar do Tribunal de Justiça, Celso Fontes foi reconduzido ao cargo em 07 de fevereiro, até o julgamento do mérito do recurso. Na semana seguinte, Fontes e Rodomilson Barros acabaram cassados.

O presidente da Câmara, no entanto, conforme a advogada Lenice, havia indeferido o pedido para a realização da sessão extraordinária, o que teria feito com que o grupo de oposição a ele, que conta com seis dos nove vereadores, arrombasse as portas do plenário para realizar a sessão, o que teria ocorrido por volta das 09h30.