Decisão do STJ é violência contra o PMDB, diz Rigotto

O governador licenciado do Rio Grande do Sul e pré-candidato à Presidência da República, Germano Rigotto (PMDB), afirmou hoje que a decisão do STJ de suspender as prévias de domingo é uma violência contra o partido e uma interferência indevida na vida política do País. No entanto, Rigotto mantém a certeza de que as prévias vão ser realizadas no domingo.

"A mobilização do nosso partido precisa continuar. Tenho certeza de que as prévias vão ocorrer, nosso departamento jurídico já está entrando com o pedido de cassação dessa liminar, o que será um ato de justiça com toda a base do partido", afirmou o governador durante entrevista nesta sexta-feira, ao meio-dia, em Belo Horizonte.

"Até agora, todas as jogadas desse grupo para adiar as prévias foram frustradas, o que deve ocorrer com mais essa investida contra a vontade das bases do partido", disse Rigotto, se referindo à ala governista do partido, que é contra a realização das prévias. O deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), representante do grupo governista foi quem entrou com o pedido no STJ. Para o presidente do PMDB, Michel Temer, é lamentável que a briga entre as duas alas do partido, governistas e oposicionistas, tenha tomado este rumo.

Para o governador Rigotto, a legalidade com que vem sendo realizado todo o processo de escolha interna do candidato do PMDB fica ameaçada. "Eles lutam para continuar com espaços e favores do governo de plantão. Tentam vencer no tapetão e embaralhar um processo constituído pela vontade partidária, expresso por uma convenção nacional do partido", afirmou.

Ao ser comunicado da decisão do STJ, Rigotto suspendeu sua agenda de campanha e foi para Brasília. A entrevista coletiva que ele concederia ao lado do outro pré-candidato pelo partido, Anthony Garotinho, e de Michel Temer, foi cancelada. As lideranças do PMDB preferiram se reunir com os advogados do partido para avaliar a decisão a ser tomada.