Ciro Gomes condenado a pagar 100 salários

O atual ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PPS), foi condenado a pagar indenização de 100 salários mínimos ao atual prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), segundo decisão da 4ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça.

Em entrevista concedida no dia 20 de março de 2000 à Folha de São Paulo, Ciro qualificou Serra de "candidato dos grandes negócios e das negociatas". A decisão, da qual ainda cabe recurso, foi publicada no Diário Oficial. Na época, Ciro e Serra eram pré-candidatos à Presidência. Na entrevista, Ciro acrescentou que Serra "era candidato da manipulação despudorada do espaço público e do dinheiro público, para fins eleitorais".

A decisão condenatória do Tribunal de Justiça assinala que Ciro agiu com o único intuito de ganhar espaço na mídia "pela frase de efeito e agressividade exacerbada". O relator do processo, desembargador Francisco Loureiro, assinalou que Ciro fez "imputação ofensiva desprovida de qualquer crítica ou valoração de comportamento". Acrescentou que suas declarações descambaram para a ofensa sem base ou interesse público".

Em Minas - O juiz substituto Amaury Silva, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Teófilo Otoni (MG), condenou o ex-prefeito da cidade, Getúlio Neiva (PMDB), a nove anos e seis meses de reclusão em regime fechado, por crime eleitoral nas eleições de 1988. Foram condenados também dois ex-assessores do prefeito, o então secretário de Administração, Detsi Gazinelli, a nove anos de reclusão, e o chefe de Transportes na época, João Bosco dos Santos, a oito anos e seis meses.

A sentença foi publicada no último dia 25. Os condenados poderão recorrer e aguardar o julgamento dos recursos em liberdade. A Justiça entendeu que houve utilização de bem público de maneira indevida, em proveito próprio e alheio. O ex-prefeito e seus assessores foram denunciados pelo MPE por uso da máquina em campanha.