Mato Grosso cria o Fórum sobre Produção mais limpa

A coordenação de Gestão de Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) promove no dia 13 de março, a partir das 14h30, no auditório da Sema, um workshop sobre a criação do Fórum Mato-grossense de discussão público-privado sobre Produção Mais Limpa (P+L), Produção Sustentável e Ecoeficiência.

O evento vai contar com a participação do coordenador da Unidade de Produção mais limpa, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Hélio Lobo Filho, e da ex-coordenadora do Fórum Paulista de P+L, o primeiro a ser instalado no Brasil, Tânia Grasi. Os dois vão apresentar o resultado da utilização da produção mais limpa nos locais já instalados.

O Fórum, também chamado de "mesa", deve ser composto de órgãos governamentais, iniciativa privada, universidades, entidades e sociedade civil organizada. De acordo com Eduardo Figueiredo Abreu, coordenador de Gestão de Resíduos Sólidos da Sema, o objetivo do workshop é identificar as entidades interessadas em participar, marcar uma data para a criação do fórum e definir as estratégias de como vai funcionar.

O MMA pretende criar uma Rede de Produção Mais Limpa para dar subsídios ao Comitê Gestor Nacional de P+L (CGPL), criado em 2003. Sete estados, além de Mato Grosso, participam das discussões: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Bahia, Amazonas, Pernambuco e Minas Gerais.

O P+L tem a função de identificar como o setor público e privado podem reduzir o desperdício no processo produtivo, utilizando tecnologia de produção mais limpa. Em Cuiabá, a empresa Ambev é um exemplo. De acordo com Eduardo Figueiredo, ela trabalha com a reutilização da água no processo industrial. “A utilização do P+L produz uma menor degradação do meio ambiente, otimização do uso da energia elétrica e, principalmente, possibilita o uso adequado da água, que todos nós sabemos é um bem finito e tem provocado muita discussão”, afirmou o coordenador.

De acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente, o consumo de recursos naturais destinados a atender às necessidades de bens e serviços do ser humano está acima da capacidade de renovação do planeta. Hélio Lobo explica que o ser humano está utilizando mais recursos naturais que a capacidade da Terra em renová-los, como madeira, água, minerais e outros. Por isso, a rede de produção mais limpa pretende diminuir a utilização dos recursos naturais em prol do desenvolvimento sustentável, tornando as empresas mais "ecoeficientes".