Programa Pantanal vai priorizar investimentos em saneamento básico

O novo "Programa Pantanal", que será tocado com recursos próprios do Governo do Estado e do Ministério do Meio Ambiente, irá priorizar os investimentos em saneamento urbano na Grande Cuiabá e no tratamento de resíduos sólidos nos municípios que formam a Baixada Cuiabana. A proposta elaborada dentro de uma nova realidade regional prevê a aplicação de R$ 20 milhões, ainda este ano.

O projeto reestruturado pelos técnicos, após a rescisão do contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em setembro de 2005, foi entregue ontem (02) pelo governador Blairo Maggi à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

A maior parte dos recursos será destinada à construção de sistemas de tratamento de esgoto em Cuiabá e Várzea Grande. No total estão previstos investimentos de R$ 16,6 milhões, sendo R$ 10 milhões para Cuiabá e R$ 6,6 milhões para Várzea Grande. Hoje, apenas 70% do esgoto produzido na Grande Cuiabá são tratados antes de serem depositados no rio Cuiabá.

O secretário de Meio Ambiente de Mato Grosso, Marcos Machado, defende a questão como prioridade, já que toda sujeira depositada no rio tem como destino o Pantanal Mato-grossense, um paraíso natural ameaçado pela poluição. “Se não houver tratamento do esgoto na região metropolitana, a vida animal corre sério perigo no Pantanal, pois é impressionante a quantidade de lixo e poluição que estão sendo represados na região pantaneira”, diz o secretário.

Outra prioridade do projeto é a construção de aterros sanitários para o tratamento dos resíduos sólidos nos municípios da chamada Baixada C1uiabana, entre eles Barão de Melgaço, Acorizal, Chapada dos Guimarães, Jangada, Nossa Senhora do Livramento, Nobres, Poconé, Rosário Oeste e Santo Antonio de Leverger. Com o investimento de R$ 2,10 milhões, a Sema pretende garantir a coleta e o tratamento devido ao lixo produzido nessas cidades com localização próxima ao rio Cuiabá.

Os recursos do Programa Pantanal serão divididos entre o Governo do estado e o Ministério do Meio Ambiente. Dos R$ 20 milhões previstos para este ano, metade será bancada com recursos próprios do Estado. Para que o programa seja executado, só resta a contrapartida do Governo Federal, já que a parte que cabe ao governo de Mato Grosso está assegurada no Orçamento Geral do Estado para 2006.