Jonas diz ter apoio do agronegócio

O senador Jonas Pinheiro (PFL), 65, disse ontem confiar no apoio dos agropecuaristas para apoiá-lo em uma eventual campanha própria para o governo do Estado contra Blairo Maggi (PPS), originário do mesmo setor.

Ele lembrou, em entrevista à TV Record Canal 10, que sempre teve o respaldo dos produtores do Estado nas cinco eleições em que enfrentou - três para deputado federal e duas para o Senado. Jonas não demonstra preocupação diante da possibilidade de dividir a preferência do segmento com Maggi em um virtual embate político. "Ele (Maggi) não é de sair pedindo dinheiro para campanha por aí. Acho que todo o dinheiro vai sair do bolso dele mesmo".

Estima-se que o governador aplique cerca de R$ 7 milhões na campanha à reeleição. O senador, que é uma espécie de padrinho político de Maggi, pondera que a chapa própria só será constituída caso o PFL tenha impedimentos legais para se aliar ao PPS. Mas admite que se o caminho for mesmo o lançamento da candidatura ao governo, não frustará a sua base eleitoral, conforme A Gazeta já havia revelado semana passada.

Como alternativa para manter o apoio ao partido do governador, Jonas não descarta propor um arco de alianças nos mesmos moldes de São Paulo, por exemplo. No Estado mais rico do país, PPS, PFL e PSDB caminham juntos para defender uma única candidatura para o governo, com a possível saída de Geraldo Alckmin (PSDB) para concorrer à Presidência. "Historicamente a tendência do PFL tem sido se coligar ao PSDB e, agora surge também o PPS. Isso poderia ser repetido também em Mato Grosso",

TCE - Jonas Pinheiro também trabalha com a possibilidade de disputar uma vaga para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Mas para que a idéia amadureça, ele espera a definição sobre a possibilidade de estender a idade limite para a aposentadoria compulsória no cargo, que pode passar de 70 para 75 anos de idade. Caso a matéria seja aprovada pelo Congresso Nacional, o senador pretende pleitear a vaga.