Senadora Serys comunica a devolução do salário extra

Projetos diferentes de redução do recesso parlamentar e fim do pagamento de salários extras durante o período de convocação extraordinária do Congresso devem ser colocados em votação pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. Nesta semana, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que quer votar, na quarta-feira, proposta de emenda constitucional (PEC) do ex-senador e hoje deputado Jader Barbalho (PMDB-PA), reduzindo de 90 para 60 dias o recesso parlamentar e acabando com os salários extras.

Já o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), reafirmou nesta sexta-feira sua disposição de votar, no período da convocação extraordinária, projeto de decreto legislativo do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) que extingue o pagamento de salários extras aos parlamentares durante o recesso. Aldo disse, ainda, que pretende discutir com os líderes a votação da PEC 347/96, que reduz para 45 dias o período de recesso parlamentar.

A baixa produtividade do Congresso até o momento e o pagamento de salários extras aos parlamentares e servidores gerando gastos de R$ 95 milhões repercutiu negativamente junto à sociedade. Levantamento divulgado pela Diretoria Geral da Câmara, na tarde desta sexta-feira, mostra que 79 dos 513 deputados abriram mão dos R$ 25 mil de salário extras ou prometeram doar os recursos para instituições.

No Senado, dos 81 parlamentares, cinco comunicaram à Diretoria Geral a devolução dos dois salários da convocação extraordinária: Aloizio Mercadante (PT-SP), Cristovam Buarque (PDT-DF), Serys Slhessarenko (PT-MT), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Pedro Simon (PMDB-RS).