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Politica Brasil
Quarta - 28 de Dezembro de 2005 às 07:44
Por: Lígia Tiemi Saito

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O governador Blairo Maggi garante que o presidente regional do PPS, Percival Muniz, não é utilizado como "escudo" para divulgar a opinião pessoal dele e evitar desgaste político junto a aliados, como acusou o senador Antero Paes de Barros (PSDB).

Anteontem o tucano disse que os direcionamentos adotados pelo PPS representariam a vontade de Maggi. Muniz assumiria a autoria das decisões, como o repúdio à aliança com o PP por conta do envolvimento com o "mensalão", para evitar desgaste do governador junto a pefelistas e progressistas.

De acordo com o chefe do Palácio Paiaguás, Muniz tem luz e idéias próprias. "Ele mesmo disse que quando assumisse o partido a gestão dele seria bastante polêmica. Não seria alguém que iria se submeter à vontade disso ou aquilo", destacou Maggi ontem, durante entrevista. O governador diz ainda esperar que na reta final das discussões, após a conclusão de todas as negociações partidárias, o PPS tenha articulado o melhor caminho na disputa por um novo mandato. "Não posso chegar à reeleição com o partido dividido".

O secretário-chefe da Casa Civil, Luiz Antônio Pagot, também classifica a afirmação de Antero como "não verdadeira", apesar de dizer que o tucano tem direito de emitir a opinião que julgar mais conveniente. Ele lembra que Muniz já tinha luz própria antes mesmo de ser aclamado como novo presidente da sigla. Na avaliação do secretário, são justamente as opiniões distintas que contribuem para a democracia partidária. "Com certeza sabemos tirar a melhor das opiniões para conseguir os resultados que pretendemos politicamente".

Rompimento - O distanciamento do PP foi defendido durante todo o segundo semestre do ano por Percival. Publicamente, Maggi se diz contra e garante que o correligionário respeitará a vontade dos aliados, que podem optar por lançar o deputado Pedro Henry (PP) pela chapa governista na disputa ao Senado. A tese de chapa pura vem sendo discutida oficialmente pelo PPS desde o dia 19. Pela proposta, Pagot seria candidato a vice-governador, Percival disputaria a senatória e Iraci também poderia ser mantida como vice.




Fonte: A Gazeta

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