PT tenta explicar mudança na composição do Conselho

Brasília - O líder do PT na Câmara, Henrique Fontana, afirmou que a mudança dos titulares do Conselho de Ética é uma forma de corrigir uma distorção da representação dos partidos na Casa. Ele quer retirar os deputados Chico Alencar (PSOL-SP) e Orlando Fantazini (PSOL-SP) de membros titulares do Conselho de Ética da Câmara para o nível de suplentes, que perderiam o direito a voto nas reuniões em que os titulares estiverem. O argumento do líder petista é que não é justo que o partido com 85 deputados, como o PT, ter apenas um titular no Conselho, enquanto o partido com sete parlamentares, o PSOL, ficar com duas vagas.

"Estamos reivindicando aquilo que achamos justo e correto do ponto de vista legal", afirmou. Ele disse que a composição das comissões e do conselho devem representar a vontade dos cidadãos, que votaram nos parlamentares. "É uma distorção em relação a vontade demonstrada da população", disse. Questionado porque só agora decidiu pela mudança, dois meses depois que os deputados Chico Alencar e Orlando Fantazini deixaram o PT e assumiram o PSOL, Fontana disse que o partido tem um conjunto de tarefas e que, portanto, isso acabou sendo feito apenas agora.

Entre os processos que estão próximos da conclusão no Conselho de Ética estão os dos petistas João Paulo Cunha e Professor Luizinho, ambos de São Paulo. Os deputados que estão sendo rebaixados para suplentes vão recorrer à Comissão de Contituição e Justiça da Casa contra a decisão do PT. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo, questionado sobre a decisão do PT, disse que vai transferir essa questão ao Conselho de Ética.