Processo de Henry fica para 2006

O futuro político o federal Pedro Henry (PP), acusado de envolvimento no "mensalão", será definido somente em 2006. Apesar disso, o processo que investiga o pepista contará com dois importantes depoimentos na próxima semana. Serão serão ouvidos pelo Conselho de Ética o ex-presidente do PP no Distrito Federal, Benedito Domingos, e o deputado Robson Tuma (PFL-SP).

De acordo com o relator do processo de Henry, Orlando Fantazzini (PSOL-SP), o Conselho ainda planeja ouvir neste mês o deputado José Janene (PP-PR). Uma comissão médica foi instituída pela Mesa da Câmara para avaliar a saúde do parlamentar e, por isso, não está descarto o cancelamento da oitiva.

Benedito Domingos, em entrevista A Gazeta, garantiu ter recebido uma proposta de Henry para vender a presidência do PP. Informação negada pelo pepista. Robson Tuma, por outro lado, foi o responsável pelo relatório da Corregedoria da Câmara que diz não ter sido encontrada nenhuma prova contra Henry.

Fantazzini diz não ter expectativa de quando concluirá os trabalhos. "Como estamos numa fase de instrução do processo, ainda não podemos falar quando vamos terminar tudo. Como relator, o que posso dizer é que o andamento do processo está normal", afirmou ontem Fantazzini, que evita antecipar qualquer parecer sobre as investigações.

Diferente dele, o deputado Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do Conselho de Ética da Câmara, afirmou anteontem que o processo contra o mato-grossense será concluído somente em 2006. Segundo o petebista, o futuro de Henry está entre os próximos a serem definidos.

Izar alega que os processos mais avançados são dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Corrêa (PP-PE), Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). Conforme o presidente do Conselho, no entanto, João Paulo e Corrêa podem ser julgados até o próximo dia 20. Depois disso, a cassação dependeria apenas da votação em plenário.