CPI investiga envolvimento de Arcanjo na morte de Celso Daniel

A CPI dos Bingos no Senado investiga uma suposta ligação da morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André (SP), com um dos maiores chefes do crime organizado do país: João Arcanjo Ribeiro, o Comendador Arcanjo, preso no Uruguai desde 2003, acusado de comandar uma quadrilha com ramificações em cinco estados e de sonegar R$ 842 milhões à Receita Federal.

A possível ligação entre os dois casos foi citada por uma ex-funcionária de Arcanjo, em Mato Grosso. Ameaçada de morte, ela foi incluída no programa de proteção a testemunhas de São Paulo.

A nova testemunha, cujo nome é mantido sob sigilo, fez a denúncia em setembro de 2003, já sob proteção especial. A coordenação do programa repassou ao Ministério Público de São Paulo uma carta na qual ela conta, dois anos depois, que empregados de Arcanjo lhe relataram conversas na casa do patrão. Num desses diálogos, o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, teria dito que estaria planejando a morte de Celso Daniel.

O promotor Roberto Wider, responsável pela reabertura do caso Celso Daniel, confirmou ontem que chamará a nova testemunha para depor.