Conferência debate Política Ambiental no Estado

Na abertura da 2ª Conferência de Meio Ambiente de Mato Grosso (Confema), na noite desta segunda-feira (28.11), colocou lado a lado o setor produtivo, ambientalistas, a sociedade civil organizada e o poder público estadual e federal, reunidos em torno de um assunto: Política Ambiental Integrada e Uso Sustentável dos Recursos Naturais.

Hoje e amanhã todos os interessados estarão discutindo projetos e proposta que possam contribuir com melhoria da gestão ambiental de forma integrada entre município, Estado e União.

Na ocasião também serão escolhidos 30 delegados para representar o Estado na Conferência Nacional que ocorre entre os dias 10, 11, 12 e 13 de dezembro em Brasília. Das vagas estabelecidas, 20% são destinadas ao Governo; 30% a empresários e 50% ao movimento social.

Na Confema-MT estão sendo abordados os temas: biodiversidade e florestas; qualidade ambiental nos assentamentos humanos; água e recursos hídricos; elementos de uma estratégia nacional para o desenvolvimento sustentável; e fortalecimento do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e Controle Social. Já ontem as vagas para o grupo de trabalho de biodiversidade e floresta já estavam esgotadas.

Segundo o secretário-adjunto, Luiz Henrique Daldegan, representante no evento do secretário do Meio Ambiente, Marcos Machado, abrir um diálogo com a sociedade é muito positivo, por meio do qual é possível construir políticas mais próximas dos interesses sociais.

Daldegan citou como exemplo dessa interação, a melhoria nos procedimentos do licenciamento ambiental e propriedades rurais, sugerido durante o I Fórum do Meio Ambiente. “Hoje toda a sociedade através do Ministério Público e Secretaria pode acompanhar o processo de licenciamento com transparência”, observou.

O secretário de Desenvolvimento Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Gilney Viana, afirmou que a Conferência tem como foco convergir interesses divergentes e ajustar a política do meio ambiente. “Também prestamos contas das ações desenvolvidas para que possam ser avaliadas, de maneira que possamos consertar os pontos negativos e ampliar os positivos para melhoria da qualidade de vida da população”, ressaltou Viana.

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), Homero Pereira, disse que o ambiente faz parte da pauta do setor produtivo, por isso, querem participar do debate com sugestões de adequações para reduzir o passivo ambiental deixado pela exploração dos recursos naturais. “Nossa proposta é fazer o uso do meio ambiente de forma racional e sustentável, conciliando produção e conservação”.

De acordo com o gerente regional do Ibama (Instituto do Meio Ambiente), Paulo Naier, a Conferência é realizada a cada dois anos para discutir em conjunto da população as linhas básicas que vão orientar a formação de políticas para o setor.