PPS elege PSDB para atacar e vai comparar administrações

O ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, prometeu ontem, ao ser aclamado presidente estadual do PPS, apresentar em 2006 uma avalanche de críticas aos adversários. O principal alvo dos ataques na disputa pela reeleição do governador Blairo Maggi será o PSDB, do senador Antero Paes de Barros e do ex-governador Dante de Oliveira.

Percival pretende apresentar um comparativo entre o preço de obras na administração tucana e o valor pago por Maggi. Também deverá culpar os adversários pelo endividamento do Estado, o que, segundo ele, emperra o avanço da administração pública.

"Eu quero um partido polêmico. Vamos apresentar à população que aquilo foi um assalto", afirmou Percival, ao se referir à política de infra-estrutura do governo Dante, que, segundo ele, optou por obras que custariam até 100% mais que as feitas na administração atual. Citou como exemplo a ponte Sérgio Mota, que teria custado quase R$ 40 milhões e foi viabilizada através de uma parceria com o governo federal.

Em relação à dívida pública, o ex-prefeito rondonopolitano alegou que Maggi repassa anualmente à União cerca de R$ 780 milhões. O valor supera em R$ 100 milhões o repasse do Fundo de Participação dos Estados (FPE) arrecadado por Mato Grosso. Nesse caso, a culpa não seria só dos tucanos. "Vou botar as entranhas para fora", completou.

Percival foi confirmado presidente do PPS pela manhã, quando foi encerrado encontro estadual do partido, iniciado na noite de sexta. Ele conduzirá a sigla pelos próximos dois anos, em substituição ao ex-prefeito Roberto França (Cuiabá). O novo presidente do PPS prometeu, no início de 2006, visitar pessoalmente os 141 municípios que possuem diretórios ou comissões provisórias do partido.