Regionalização do turismo melhora economia municipal

De acordo com dados do Ministério do Turismo, no ano passado, 4,8 milhões de turistas estrangeiros visitaram o Brasil, deixando divisas no valor de US$ 3,2 bilhões, o que corresponde a 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Esse montante coloca o setor em terceiro lugar na pauta de exportações brasileiras e o Brasil, na 31ª posição entre os maiores países do turismo internacional.

Quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o Governo e decidiu criar o Ministério do Turismo, pensou-se numa estratégia para impulsionar o segmento, que, além de proporcionar empregos, renda e divisas, também valorizasse as culturas regionais e preservasse o Meio Ambiente. A criação de novos produtos turísticos, desenvolvidos por meio do Programa de Regionalização do Turismo, faz parte dos planos, de acordo com estratégia montada pelos parceiros do programa, entre eles, a CNC (Confederação Nacional do Comércio), o Sesc, o Senac e o Sebrae.

Levantamento feito pelo Governo mostrou que mais de 80% dos roteiros tinham como destino o litoral. Mais ainda, pesquisas internas indicaram que pelo menos 3.500 dos cerca de 5.500 Municípios brasileiros têm capacidade de gerar emprego e renda por meio do turismo, só que tal potencial não é aproveitado. Com o programa de regionalização, o País foi dividido em 219 regiões, que contemplam 3.203 Municípios.

Com a parceria do Sebrae, trabalhadores foram qualificados nessas regiões para atender as demandas. O resultado é que 111 das regiões identificadas se estruturaram e estão aptas a receber os turistas. São essas as regiões que serão apresentadas no Salão do Turismo, no período de 1º a 05 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo. A meta do Ministério do Turismo é, numa próxima etapa, com todas as demais regiões identificadas em condições de entrar no mapa do turismo. A meta do Plano Nacional do Turismo (PNT) é chegar até 2007 com pelo menos três novos destinos turísticos em cada Estado e no Distrito Federal.