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Politica Brasil
Segunda - 23 de Maio de 2005 às 15:37
Por: Raquel Teixeira

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Pontes e Lacerda, MT – Implantada há cerca de um ano no Município de Pontes e Lacerda (448 km a Oeste de Cuiabá), a Vila Rural Estância Renascer, do Programa Nossa Terra, Nossa Gente, desenvolvido pelo Intermat, necessitava de um fator primordial para fomentar as atividades agrícolas ali desenvolvidas: o abastecimento de água.

Preocupado em entregar um modelo de assentamento que atenda as necessidades básicas das 48 famílias que moram na vila, o Governo do Estado instalou uma rede de distribuição de água, com poço artesiano, que foi inaugurada nesta segunda-feira (23.05) pelo governador Blairo Maggi e pelo prefeito do Município, Newton Miotto.

Como afirma Maggi, o programa Nossa Terra, Nossa Gente, é considerado o “xodó” do Governo, porque de maneira simples e bastante transparente, está concedendo terra e levando alternativa de trabalho e dignidade a centenas de famílias de trabalhadores rurais, principalmente, em regiões que viviam da extração mineral. Hoje, nos 20 projetos de assentamentos em todo o Estado, que fazem parte do programa, cerca de mil famílias produzem hortifrutigranjeiros para o sustento próprio e algumas já conseguem comercializar o excedente da produção.

Além de beneficiar e trabalhar na inclusão sócio-econômica das famílias oriundas de regiões garimpeiras, a Vila Rural também resolve uma outra pendência para o Estado de Mato Grosso. Os primeiros núcleos de povoamento foram prédios ou áreas de órgãos públicos, como antigas áreas da Empaer, terrenos da extinta Codemat e Casemat e de escolas agrícolas sem funcionamento.

Os custos da aquisição das terras são divididos entre o Governo estadual e as prefeituras dos Municípios onde estão os projetos de assentamento. Em geral, as prefeituras participam com 30% a 40% do total. Pela média das vilas construídas, o valor pago para cada hectare de terra é de R$ 3 mil.

“Este é um dos bons exemplos de política pública de estímulo e fomento à agricultura familiar, de não somente fixar o homem agricultor à terra, mas fornecer condições viáveis para que possa produzir”, observou o governador.

No programa "Nossa Terra, Nossa Gente", executado em parceria com a Empaer e Secretaria de Trabalho Emprego e Cidadania (Setec), que trabalha na capacitação de famílias de produtores rurais, o Intermat concede às famílias lotes, que têm, em média, de 1,2 hectare a 2,5 hectares, onde são cultivados em sua maioria cultivam alimentos para subsistência, como feijão, milho, mandioca e frutas, e criam animais para abate, como porcos e frangos. Da fase de licitação de materiais, construção das casas e plantio, o Governo aplica recursos públicos para o sustento inicial das famílias dos parceleiros ou assentados e na execução da obra.

As vilas rurais são implantadas próximas às áreas urbanas, para que as famílias possam ter fácil acesso a serviços como saúde, educação e segurança. São investidos em média pelo Governo cerca de R$ 5 mil na construção de uma casa com sala, cozinha, banheiro e dois quartos.

“A infra-estrutura básica e a coordenação correta de ações é podem dar sustentabilidade e visibilidade à produção do pequeno agricultor. O trabalho não somente fixar o homem no campo, mas a pessoa que tem habilidade, e também fazert com que a produção possa chegar ao mercado com valor. É aí que o Estado age com sua função de estimulador provocador de tais ações”, observou o secretário de Desenvolvimento Rural, Otaviano Pivetta.

Estância Renascer é um nome que representa realmente o renascimento de vida para muitas famílias que ali estão morando, como o agricultor Pedro Alves, de 47 anos, que junto com os quatro filhos e a esposa quer produzir alimentos para auto-sustento e também a comercialização. “A água é melhoria e solução de 100% em tudo o que fazemos por aqui, pois sem ela não conseguimos produzir nada. Vai trazer favorecimento para todos que querem produzir “, afirmou contente o agricultor que em um lote de 1,2 hectares já iniciou o plantio de feijão, arroz e milho e agora com o abastecimento de água que plantar um grande horta.

Além de Pontes e Lacerda, o programa Nossa Terra, Nossa Gente é desenvolvido em outros 14 Municípios de Mato Grosso: Alta Floresta, Pontal do Araguaia, Curvelândia, Porto dos Gaúchos, Poconé, Jaciara, Chapada dos Guimarães, Figueirópolis, Salto do Céu, Tabaporã, Paranaíta, Arenápolis, Mirassol D´Oeste e Rosário Oeste.

“Em um ano já conseguimos conquistas que vão aos poucos melhorando e fazendo com que as famílias consigam um pouco de dignidade sem ter que pedir ou implorar por alimentos. Todos já conseguem se sustentar com o que produzem”, destacou o representante dos agricultores da Vila Renascer, Aguinaldo Vieira Lima, que está coordenando uma associação para fortalecer a comercialização conjunta do que é produzido na vila.

Além do abastecimento de água, a Vila conta também com rede de energia elétrica. No local as famílias plantaram e já estão colhendo mandioca, feijão, milho, abóbora, quiabo, batata doce e diversas hortaliças.

Também visitaram o assentamento os secretários de Estado Joaquim Sucena (Casa Civil), secretário-adjunto de Agricultura Familiar, Jilson Francisco, deputado estadual Carlos Brito, deputado federal Pedro Henry, e prefeitos de 8 Municípios do Vale do Guaporé.





Fonte: Secom - MT

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