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Cultura
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 09:39

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A perfeita tradução da alma musical do sertão brasileiro e o sabor interiorano da viola compõem o perfil artístico dos músicos que se apresentarão pelo Projeto Pixinguinha, em sua segunda caravana 2005. Dia 27, às 20 horas, no ginásio da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o mais importante projeto de circulação do país, sobem ao palco os músicos Passoca e Roberto Corrêa e o grupo Viola Quebrada. O ingresso é a doação de um livro. O espetáculo se constitui numa amostra do que existe de melhor da música produzida no País e poderá ser conferida de perto pela população cuiabana.

Passoca é um dos mais representativos nomes da música brasileira de viola. Corrêa é um dos maiores pesquisadores das tradições musicais do Brasil interiorano, enquanto o Viola Quebrada tem como característica artística os clássicos da música caipira, acompanhados de Klaus Wormbauer (baixo) e Thomas Howard (violão de 7 cordas). Essa mesma caravana já passou por Osasco (SP), Uberlândia (MG), Anápolis (GO), Palmas (TO), Rio Branco (AC) e Porto Velho (RO) e, depois de Cuiabá, finaliza esta rodada de shows em Campo Grande (MS).

A direção é de José Renato, fundador do Teatro de Arena de São Paulo e diretor de peças como “Eles Não Usam Black Tie”, “Os Fuzis da Senhora Carrar”, além de autor de “Um Edifício Chamado 200” e “Camas Redondas, Casais Trocados”. Djalma Amaral assina o desenho da luz. A variedade de estilos e as características musicais dos shows são as marcas desta edição ampliada do projeto, considerado pelo meio artístico um termômetro do talento musical brasileiro.

Com essa diversidade da música popular do planeta serão 96 artistas e mais de cinco dezenas de cidades numa iniciativa da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e Ministério da Cultura, com patrocínio da Petrobrás, através da Lei federal de Incentivo à Cultura, com recursos federais do Fundo Nacional de Cultura e apoio da Varig e Associação Cultural Funarte. A Secretaria Municipal de Cultura é parceira na realização desse projeto, assim como a Secretaria de Estado de Cultura e a UFMT.

O secretário municipal de Cultura, o produtor cultural Mário Olímpio Medeiros, destaca que a realização de um evento desta categoria não seria possível sem a conjugação de forças entre as parceiras envolvidas. “Essa sintonia que precisa haver no palco entre voz, instrumentos musicais, sonorização, cenário e iluminação a gente encontra entre as três esferas de poder parceiras do evento. A Prefeitura de Cuiabá participa com alimentação e hospedagem dos artistas, enquanto o Governo do Estado assumiu o palco, som e luz. Já à UFMT, coube a preparação do local (ginásio), traslado local, produção de camarim e infra-estrutura.

Mário Olímpio destaca o empenho e o engajamento do secretário de Estado de Cultura, João Carlos Vicente Ferreira, para a realização do Projeto Pixinguinha. “O secretário não mede esforços para que tudo esteja à altura da qualidade de um espetáculo como o da caravana do Pixinguinha, assim como a Prefeitura que coloca à disposição do evento sua estrutura para atender às necessidades definidas na parceria”, explica Mário Olímpio.

O projeto voltou à estrada em abril e segue até novembro, atingindo agora mais cidades do interior e as periferias de grandes centros urbanos, além das capitais. São quatro caravanas a cada mês – cada uma delas com três atrações – que fazem a música brasileira chegar às platéias de mais de 50 cidades, num total de 256 apresentações. Os artistas que integram o elenco do Pixinguinha 2005 foram selecionados por edital realizado no ano passado.

Cada show recebe a costura saborosa de um diretor de renome, numa seleção que abrange também artistas de diversas regiões. Nestas primeiras caravanas nomes consagrados como Irene Brietzke, Luiz Arthur Nunes, Roberto Lage e Túlio Feliciano assinaram a direção dos espetáculos.





Fonte: 24 Horas News

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