Celular não faz mal à saúde, dizem fabricantes

São Paulo - “Nenhuma das recentes revisões concluiu que a exposição aos campos de radiofreqüência gerados por telefones celulares e estações rádio-base cause qualquer conseqüência adversa à saúde”.

O veredicto, proferido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), é apresentado pela Associação Internacional de Fabricantes de Equipamentos de Comunicação via Ondas de rádio (MMF, na sigla em inglês), em resposta à pesquisa de médicos suecos sobre riscos de tumores cerebrais em usuários de telefones celulares que moram em zonas rurais, publicada ontem no portal do Estadão.

De acordo com Aderbal Bonturi Pereira, diretor da MMF para a América Latina, mais de 400 estudos específicos sobre telefonia celular, realizados por diversos governos e autoridades de saúde, mostram que não há evidência científica de que a radiofreqüência emitida pelos telefones celulares cause quaisquer danos físicos a seus usuários, inclusive câncer cerebral.

Pereira cita ainda a ressalva feita pelo oncologista do Hospital da Universidade de Orebro, Lennart Hardell, que conduziu as pesquisas na Suécia. “O próprio Hardell reconheceu que as suas estatísticas são baseadas em um número muito pequeno de resultados, e que por isso devem ser tratadas com cautela”, ele lembra.