Cidinho apóia troca-troca de sigla

O presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), José Aparecido dos Santos (PFL), o Cidinho, disse que o troca-troca de partidos promovido por prefeitos que acompanham deputados não prejudica a imagem dos gestores públicos. A prática, na opinião do pefelista, demonstra fidelidade do prefeito ao parlamentar. Alega que em nível municipal e estadual, a mudança não é prejudicial.

A orientação do presidente é que cada prefeito analise a conveniência ou não de mudar de agremiação. "Se a pessoa pode ter caminho facilitado em outro partido, tem que ver o que é melhor pra ela". Só com a migração dos deputados estaduais José Riva Alencar Soares, Eliene Lima e Campos Neto para o PP, 12 prefeitos também resolveram segui-los. Há possibilidade ainda de mais 10 prefeitos aderirem à sigla. Conforme Cidinho, prefeito tem fidelidade àquele deputado que o ajudou a se eleger. "Quando o parlamentar precisa, os prefeitos são solidários a ele. Mas acredito que a partir de agora não há mais necessidade". Prefeito de Nova Marilândia, Cidinho é filiado ao PFL e nunca trocou de partido.

Nacional - Na opinião do pefelista, a imagem dos políticos acaba sendo prejudica pelo troca-troca apenas na Câmara dos Deputados. Cidinho diz que quando os partidos começam a se articular para disputar vagas nas comissões, começa a ocorrer as mudanças partidárias condenáveis. O deputado Lino Rossi (PP), por exemplo, chegou a migrar para o PMDB e depois voltou para o PP no mesmo dia. "Isso aí desgasta muito em função da normativa do regimento interno na Câmara. Por isso que desmoraliza". Para o presidente da AMM, deveria ser levado em conta o número de parlamentares que a sigla possuía no dia da eleição. "Se eu fosse deputado federal aprovaria essa lei". Tal proposta faz parte da reforma política.