Rogério Salles recua e afirma que não pretende se candidatar

Apontando a necessidade de concentrar esforços na administração dos negócios e a crise no setor agropecuário como principal dificuldade, o ex-governador José Rogério Salles (PSDB) recua da decisão sobre a candidatura à sucessão do governador Blairo Maggi (PPS) em 2006, abrindo para o prefeito de Sinop, Nilson Aparecido Leitão, outra opção tucana para a disputa ao governo do Estado. Salles é defensor da candidatura própria do PSDB para concorrer ao Executivo mato-grossense no próximo pleito. As lideranças partidárias, contou Rogério Salles, cogitaram a possibilidade de disputar o governo do Estado. “Eu disse concordar, se puder ser útil para o partido. Mas meu projeto não era esse. Meu projeto é sério, articulado e tem que ter recursos para desenvolver uma campanha. Esse recurso eu não tenho”, reclamou.

Alegando falta de condições para atender a cobrança partidária e definir a candidatura imediatamente, Rogério Salles abre espaço para o prefeito Nilson Leitão. “O pessoal vem cobrando uma definição sobre isso. Eu não tenho condições de tomar uma decisão agora, em função dos negócios e essa crise da soja. Mas, o partido vem colocando também o nome do Nilson [prefeito Nilson Leitão]. Se ele quiser definir agora não tem problema, porque eu não tenho condições de definir nada nesse momento”, liberou.

Rogério Salles, que preside a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), reclama também da falta de tempo para dedicação ao projeto político. Atribuindo a falta de tempo aos negócios e a crise da soja, Salles acredita que até o mês de julho vai permanecer “bastante complicado”. “Se eu tivesse tranqüilo poderia tomar uma decisão. Entendo a cobrança partidária por uma definição agora. Mas, pessoalmente, acho que deve ser mais na frente”, argumentou.

O nome de Rogério Salles foi cogitado também para disputar a prefeitura de Rondonópolis em 2004. Eleito vice-prefeito do município em 1992 e vice-governador em 1998, Rogério Salles administrou a cidade pólo da região sul de Mato Grosso no período de 94 a 96 e comandou o Estado por nove meses, em 2002.