Para líderes, eleição passa pelo PP

As eleições gerais de 2006 em Mato Grosso não se estabelecerão sem que a discussão passe pelo Partido Progressista. Esse era o discurso ontem no ato de filiação do PP que recebeu quatro deputados estaduais e 13 prefeitos além de vereadores, vice-prefeitos e ex-prefeitos, no Centro de Eventos do Pantanal.

Com a maior bancada na Assembléia Legislativa e atingindo 40 prefeituras, o PP, segundo o deputado federal Pedro Henry, assume um lugar de destaque na política mato-grossense, se tornando uma força política respeitável. Um dos novos pepistas, o primeiro-secretário da Assembléia Legislativa, deputado José Riva, chegou a lançar Henry ao governo, mas para 2010. A prioridade do PP hoje é apoiar a reeleição de Blairo Maggi (PPS), tendo Henry como candidato ao Senado.

Além de Riva, foram para o PP os estaduais Campos Neto (ex-PFL), Alencar Soares (ex-PTB) e Eliene Lima (ex-PSB). O vice-prefeito de Várzea Grande, Nico Baracat (PSB), que também se filiaria, desistiu quando soube que Campos Neto iria para a mesma sigla. O presidente regional do PP, deputado estadual Chico Daltro, ainda espera que Baracat volte atrás e se junte aos pepistas.

O ato de filiação do PP recebeu visitas de representantes de várias outras siglas, inclusive do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). Com exceção do prefeito cuiabano, que em seu discurso falou mais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e de sua própria administração do que do PP, os outros participantes não pouparam elogios a Riva, que foi o mais citado por todos.

Pedro Henry evitou polemizar novamente o posicionamento do ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, que considerou prejudicial o apoio de Riva a Maggi. O federal considera o assunto encerrado e frisou que conversará com o PPS institucionalmente. Além disso, garantiu apoio à reeleição de Maggi, a não ser que o governador não queira isso. O governador não esteve no ato, mas mandou uma mensagem congratulando os pepistas.