Parlamentar Cuiabano reage à acusação

Éden Capistrano (PSB), relator da prestação de contas do ex-prefeito Roberto França (PPS), nega veementemente que tenha feito qualquer acordo prévio com os demais vereadores para direcionar voto, favorável ou contra.

"Não vou dizer que Walter (Rabello) está mentindo, mas ele tem que provar isso. É a palavra dele contra a minha palavra". Assinala ainda que alguns parlamentares estão dizendo que ele iria votar contra a aprovação porque não tiveram seus interesses atendidos. O socialista desafia tais vereadores a comprovar a acusação. Segundo ele, se o fato realmente tivesse acontecido, haveria algum documento físico que comprovaria o fato. Éden reconhece que fez algumas declarações sobre as 73 irregularidades das contas do socialista, mas que não revelou, até então, se iria aprová-las ou não.

Conforme o relator, França justificou todas as irregularidades apontadas pelo parecer do TCE/MT. Diz também que os vereadores não poderiam ter adiado a votação pelo fato dele não ter entregue o parecer da Comissão. "A sessão não poderia ser suspensa por causa disso". Éden assegura que o artigo 196, em seu parágrafo 1º do Regimento Interno, determina que os vereadores interessados em receber o parecer deveriam solicitar o documento por escrito. "Não tínhamos nenhuma obrigação de encaminhar o parecer da Comissão aos vereadores". O relator observa ainda que os parlamentares não devem ser influenciados por seu parecer.

O presidente da Comissão de Economia e Finanças, Guilherme Maluf (PFL), afirma que não irá acompanhar a decisão do relator. Por isso, marcou uma reunião regimental, dentro do prazo legal, para elaborar ata com os votos dos membros da comissão. Evitando polêmica, o pefelista diz que é natural que os vereadores mudem de opinião. Ele ressalta que houve muitas reuniões para discutir o assunto e que em algumas delas Éden se colocou contra a aprovação das contas. (LTS)