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Politica Brasil
Terça - 19 de Abril de 2005 às 16:44
Por: Lourenço Melo

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Brasília - A taxa de crescimento de empregos formais em março último elevou-se em 0,41% em relação a fevereiro, com a criação de 102.965 postos de trabalho. Os dados constam do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho (Caged), divulgado hoje pelo ministro Ricardo Berzoini.

Os números de março e o acumulado no trimestre, que somam 292.222 empregos, são o segundo recorde histórico do Caged. No governo Lula já foram criados 2.300.000 empregos e, nos 12 meses encerrados em março, as ocupações com carteira assinada somaram 1.468.106. Os números neste ano são positivos, conforme destaca o ministro, mas inferiores aos de 2004. Para Berzoini, o crescimento de empregos neste ano deverá ser de 3,5%, representando mais 1.200.000 postos de trabalho.

O setor que mais contribuiu para o balanço mensal foi o de serviços, com mais 54.136 postos de trabalho. A indústria de transformação preencheu 17.959 vagas e o comércio, 13.962. Na comparação com o ano passado, houve inversão na geração de empregos dos setores de serviços e na indústria de transformação. No trimestre, a área de serviços respondeu por 159.297 empregos e a indústria de transformação, por 51.613.

A geração de empregos no Sul e no Nordeste foi afetada neste ano pelo clima, por isso ficou bem abaixo dos índices do ano passado, segundo explicou Berzoini. No Rio Grande do Sul, foram gerados 19 mil empregos em março do ano passado, contra 6 mil em igual pe´riodo deste ano. O impacto da sazonalidade (característica de determinados períodos ou datas, como fim de ano, festas etc.) em Alagoas foi menor no Caged por ser uma economia menos desenvolvida, mas significativo em relação ao Nordeste, que neste ano teve índice 54% negativo.

O ministro destaca que, de qualquer forma o quadro é favorável para este ano, devendo a geração de empregos formais se acentuar neste semestre, seguindo até o mês de outubro, pois novembro e dezembro costumam ser meses em que ocorrem mais demissões.

Para o ministro, aparentemente a taxa de juros não está afetando a geração de empregos, mas câmbio pode reduzir as exportações de alguns setores. Ele lembrou que está havendo investimento forte na área de logística, de produção e comercial. "Isso mostra que todos acreditam que a taxa de juros é um ciclo que vai acabar rápido".

O Brasil é um dos países que tem menor dependência de juros para se financiar, segundo o ministro. O país tem a menor dívida em relação à sua estrutura patrimonial, na comparação com outros países. Dessa forma, a expectativa do governo é de que os investimentos do setor privado continuem, disse o ministro.





Fonte: Agência Brasil

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