Polícia Federal reabre escândalo que envolve secretário de Maggi

A Polícia Federal começou a investigar desde o último dia 17, o “Caso Cooperlucas”, como ficou conhecido o “rombo” de quase R$ 200 milhões de aos cofres da Cooperativa de Lucas de Rio Verde (Cooperlucas) - um dos maiores escândaços finaceiros dos últimos anos em Mato Grosso desde o início deste século. A PF agora tem até o dia 16 de maio deste ano para concluir as novas investigações. Entre os envolvidos está o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde e atual secretário de Desenvolvimento Rural do Governo, Otaviano Pivetta.

O caso vem sendo mantido em sigilo, mas a reportagem do Site 24 Horas News teve acesso a alguns documentos que comprovam que o “Caso Cooperlucas” foi reaberto para novas investigações através de determinação da Justiça Federal, que mandou uma copia do processo para a Polícia Federal cumprir novas investigações entre abril e maio deste ano.

Entre as pessoas já identificadas e indiciadas pela Polícia Federal estão Ilvo Vendrúsculo, Antônio Fagundes de Oliveira, José Nakiri, Joci Piccini, Carlinhos José Ceratti, Milton Luciano dos Santos, Pedro Pereira de Souza, Paulo Roberto Gomes Bezerra e o empresário Otaviano Pivetta - hoje apontado como “homem-forte” no Governo Blairo Maggi. Esses nomes constam de ação proposta pelo Ministério Público Federal, que tramita na 1ª Vara Federal.

Piveta, por sinal, segundo consta, tanto dos arquivos da PF como da Justiça Federal já foi indiciado no inquérito anterior aberto pela PF em crime de falsidade ideológica – Falsificação de Documentos Públicos, Artigo 299 do Código Penal (CP) -, com pena prevista de um a cinco anos de reclusão, mais multa. O ex-prefeito de Lucas e atual secretário do Governo Maggi também, segundo ainda os arquivos federais, está indiciado nos Artigos 19 e 20. O primeiro (Artigo-19), versa sobre crime de obter financimento através de fraude, e o segundo (Artigo-20), aplicar o dinheiro de financimento em coisas que não constam de contrato e preveisto em lei.

As investigações já iniciadas estão incluídas no mesmo inquérito 309/99, aberto pela Polícia Federal para investigar anteriormente o “Caso Cooperlucas”, um dos maiores escândalos finaceiros dos últimos anos. Inquérito que se transformou no Processo Federal 1999.3600008215, que tramita pela Justiça Federal.

Procurado no início da tarde de quinta-feira, para falar sobre as novas investigações do “Caso Cooperlucas”, o delegado federal Eliomar da Silva Pereira, atual presidente do inquérito, não foi encontrado. O ex-prefeito Otaviano Pivete também foi procurado, mas não foi localizado.