25 pessoas acusam Sérgio de dar calote na campanha

Um grupo de 25 pessoas acusou ontem de calote o candidato à Prefeitura de Cuiabá pelo PPS, deputado Sérgio Ricardo. Mesmo sem terem comprovantes de prestação de serviços da campanha de outubro passado, ameaçam até acionar a legenda socialista e o parlamentar no Ministério Público Estadual (MPE).

De acordo com empresário Moacir Ribeiro de Alencar, a coligação "Cuiabá Mais Forte" não pagou os serviços de carro de som, alimentação no comitê central do candidato derrotado e transporte de cabos eleitorais. O presidente municipal do PPS, Cláudio Pires, garantiu que a sigla já quitou todas as pendências.

"Contrataram a gente e prometeram pagar R$ 1,4 mil pela quinzena trabalhada com o carro de som. Agora que perderam a eleição, ficam empurrando a culpa um para o outro. Vamos falar com o candidato, ele diz para procurar o presidente do partido. Vamos procurar o Cláudio Pires, ele diz para irmos atrás do Sérgio Ricardo. Assim é complicado, ficam brincando com a gente", reclamou Moacir, que garante ter cedido dois de seus automóveis ao PPS.

Ontem mesmo, segundo ele, os demais membros do grupo prometeram recorrer ao MPE.

Outro lado - Cláudio Pires, que é também presidente do Iomat, alegou ontem que a sigla já prestou contas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde demonstra toda a movimentação financeira da campanha. Argumentou ainda que prováveis dívidas seriam contraídas pelo próprio candidato Sérgio Ricardo ou assessores mais próximos.

"O PPS não tem mais dívida nenhuma da campanha de 2004. Pagamos tudo e já informamos isso ao TRE. Tudo o que foi contratado foi devidamente registrado na justiça eleitoral, portanto, não sei desses valores que estão falando. Pelo que o (departamento) financeiro me disse até esses dias atrás, já está tudo certo, a não que o Sérgio tenha feito compromissos e não pagou. Aí, no entanto, o problema já não é do PPS. Ele é que tem que resolver", completou. Na justiça eleitoral, entretanto, todas as pendências da campanha socialista foram registradas em nome do partido.

Além do PPS, o PT de Cuiabá também amarga várias dívidas da campanha passada. Segundo os seus dirigentes, o diretório estadual está entre os que contraíram os maiores débito no país, algo em torno de R$ 1 milhão.