Esquerda lembra de tortura

Júlio Campos diz que as acusações contra o ex-senador Filinto Muller são injustas. Filinto era cuiabano. Nasceu em 1900. Faleceu num acidente aéreo em Paris. Foi chefe de polícia do Distrito Federal e responsável pela deportação da judia Olga Benário, militante comunista, para um campo de concentração nazista na Alemanha, onde ela foi executada em 1942.

Filinto dá nome ao prédio da Assembléia Legislativa, prestes a mudar de endereço, e a uma avenida de Cuiabá. No Senado, também foi homenageado. Uma ala do saguão do Senado leva o seu nome.

Chefe de polícia do regime político opressor contra o comunismo, Filinto Muller chegou a presidir a Arena, o partido do governo durante a ditadura instalada em 1964. No filme Olga, é lembrado como torturador.

Enquanto Júlio defende Filinto, líderes que se opuseram ao regime militar crucificam-no. Os senadores Eduardo Suplicy (PT-SP) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), por exemplo, pediram na tribuna do Senado que o nome de Filinto Müller seja retirado de uma das alas de gabinetes da Casa. (RD)