Prefeito reclama do caos herdado

O entra e sai de prefeito e vice na prefeitura de Tangará da Serra prejudicou o desenvolvimento da cidade na gestão passada. O titular da vaga, Jaime Muraro (PFL), alvo de uma ação civil pública sob acusação de improbidade administrativa, foi afastado e retornou ao cargo por quatro vezes. A administração foi dividida com sua vice, Ana Monteiro (sem partido). O atual prefeito, Júlio César Ladeia (PL), assumiu a prefeitura com a saúde sucateada. No setor de transportes e obras a única máquina que funcionava quebrou no quarto dia de sua administração. Além disso, o município foi incluído na dívida ativa do Estado por não ter pago, nem apresentado defesa em um conjunto de notificações da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Fema) que vinha rolando desde 1999.

O município de Tangará da Serra, localizado a 240 quilômetros da capital, na região médio-norte, é um dos pólos do Estado. Com cerca de 75 mil habitantes, a arrecadação da prefeitura gira em torno de R$ 5 milhões mensais. O Índice de Participação do Município (IPM) caiu de 2,07% em 2004 para 1,98% em 2005. Conforme Ladeia, a queda se deu pela sonegação. O prefeito já se reuniu com os empresários locais e vai fazer um trabalho de conscientização.

Para resolver a questão estrutural da cidade Ladeia está buscando convênios e parcerias com governos estadual e federal. O único problema é sua inscrição na dívida ativa. As multas da Fema somam R$ 104 mil e a assessoria jurídica da prefeitura está tomando providências para negociar o débito. Caso contrário o município fica impedido de receber recursos do governo.