Deputados já cobram emendas

O secretário de Estado de Infra-estrutura (Sinfra), Luiz Antônio (PPS), será convocado nos próximos dias a dar explicações aos deputados sobre os motivos que levaram o governo a não liberar as emendas parlamentares de R$ 1,5 milhão. A revelação foi feita ontem por Mauro Savi (PPS), líder do Executivo na Assembléia Legislativa.

De acordo com Savi, o fato tem provocado críticas ao relacionamento entre os Poderes. Ele alega que as emendas já tinham sido prometidas pelo governador Blairo Maggi (PPS) desde o ano passado e tem grande importância na atuação parlamentar.

"Tivemos um acordo e que não está sendo cumprido. Vou chamar o Pagot porque isso foi combinado no ano passado e ainda estamos aguardando. Além do mais, todos têm o direito de cobrar o que foi prometido. E esses deputados têm razão ao fazer isso", afirmou Mauro Savi, ao ressaltar que as emendas serão aplicadas em obras nas bases eleitorais dos 24 deputados. Juntas elas somam R$ 36 milhões.

Apesar de Maggi ainda não ter se pronunciado sobre o assunto, ele deve alegar que o Executivo passa por um período de instabilidade financeira. Devido à retração do agronegócio, ele já determinou o aperto de cintos na máquina durante o ano inteiro. Com isso, qualquer despesa do governo terá que passar primeiramente pelo aval de Maggi e assessores mais próximos. Só em janeiro, de acordo com os seus cálculos, Mato Grosso teve a arrecadação diminuída em R$ 30 milhões em comparação a dezembro. O valor é 10% menor que arrecadado na ocasião, ou seja, caiu de R$ 300 milhões para R$ 270 milhões.

Esclarecimentos - Já foram à AL responder questionamentos dos deputados os secretários Yênes Magalhães (Planejamento), Waldir Teis (Fazenda), Marcos Machado (Saúde), Flávia Nogueira (Ciência e Tecnologia), Joaquim Sucena (Casa Civil), entre outros. Nos próximos dias deve ser convocado, além de Pagot, a secretária Ana Carla Muniz (Educação).