Viveiro de São Félix do Araguaia será reativado

A unidade regional da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fema) de São Félix do Araguaia (localizado a 1,2 mil km a Nordeste da Capital) firmou parceria com a prefeitura local para reativação do Viveiro Municipal, para produção de mudas, principalmente de espécies nativas da região.

De acordo com o gerente regional da Fema, Aldiney Pereira Milhomem, a proposta do projeto é fornecer mudas para arborização e recuperação de áreas degradadas, para que elas sejam usadas no embelezamento urbanístico da cidade e como instrumento para a prática de educação ambiental. “A reativação do viveiro público também dará condições para que possamos identificar e catalogar as espécies nativas, fazendo um trabalho de esclarecimento, junto à comunidade, principalmente a rural, de valorização da flora regional”, destacou.

A Prefeitura cedeu o local, onde já funcionou o viveiro, para o desenvolvimento do projeto e um funcionário para manutenção da produção de mudas. A Fema contribuirá com técnicos que trabalharão na escolha e coleta de sementes, e também na produção das mudas. “A produção será de acordo com a necessidade detectada no decorrer dos trabalhos”, informou o gerente regional.

As mudas serão disponibilizadas para moradores da área urbana, para plantio nos quintais, e também para a população que mora da zona rural. “Nós temos aqui na região muitos assentamentos rurais. Às vezes, eles acabam desmatando tudo, inclusive espécies que têm importância econômica muito grande, como pequizeiro, cajueiro e outras como murici e o buriti, que que servem para alimentação familiar e até como fonte de renda”, exemplificou o gerente regional.

Segundo Milhomem, o trabalho da produção de mudas junto à comunidade rural será justamente de esclarecimento sobre os produtos que podem ser derivados das espécies nativas e sobre a importância econômica dessas plantas. “Nós temos aqui uma comunidade muito carente de informação. Então, o fiscal da Fema precisa interagir com esta comunidade e ser indutor de como agir corretamente”, informou. O gerente regional destacou que quando desrespeitada a legislação ambiental os fiscais fazem a autuação dos responsáveis. “Mas precisamos trabalhar também na prevenção, ensinando como agir corretamente”, disse.

O projeto possibilitará o estudo sobre as espécies nativas, feito por técnicos da Fema, com formação nas áreas de engenharia florestal, engenharia sanitária ambiental e biologia. “Buscaremos ainda parceira com técnicos da Empaer (Empresa mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural)“, informou Milhomem. “O conhecimento sobre as espécies nativas ainda é pequeno, e precisa ser mais explorado”, disse, comentando que o local servirá como fonte de pesquisa e experimentos. “Firmaremos parceira com as escolas, para que os estudantes visitem o viveiro e aprendam mais sobre a flora regional”, informou.

ARBORIZAÇÃO – Outra finalidade do projeto é fornecer mudas para a recuperação de áreas degradadas e para arborização da cidade. Um dos locais para o plantio das mudas será uma lagoa, situada na região central do município. “A proposta é transforma-la num lugar para visitação pública, com a execução de trilha, plantio de árvores nativas, mas sem alterar a paisagem”, disse Milhomem.

De acordo com o gerente regional a parceria firmada com a prefeitura de São Félix do Araguaia será para um projeto piloto. A intenção é de futuramente envolver outras prefeituras da região. “Já entramos em contato com prefeitos de três Municípios”, informou. As prefeituras consultadas são: Novo Santo Antônio, Luciara, Vila Rica. Segundo Milhomem, os rios dessa região são tidos como atrativos turísticos, por isso a importância da preservação da flora regional para o desenvolvimento sustentável.