Severino tentará intermediar relação de prefeitos com o governo federal

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), tentará intermediar a relação dos prefeitos com o governo federal, com o objetivo de buscar mais recursos para os municípios. Hoje, ele almoçou com os prefeitos Marcelo Déda, de Aracaju, João Paulo, de Recife, e Newton Lima Neto, de São Carlos (SP), todos petistas e representantes da Frente Nacional dos Prefeitos. Eles querem que a Câmara reabra a discussão da reforma tributária, especialmente no que tange a um maior repasse de recursos federais para os municípios.

Ao chegar à Câmara, Severino Cavalcanti disse que vai estudar a questão e prometeu conversar com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para tentar "abrir seu coração" para os problemas financeiros dos municípios. "Tenho certeza de que o Palocci é um homem muito sensível. Com um pouco de explanação melhor, ele poderá abrir o coração para os municípios, principalmente os pequenos", afirmou.

O presidente da Câmara ressaltou que o ministro da Fazenda tem conhecimento "da necessidade do país e de um município". Por isso, considera necessário que governo e Legislativo juntem forças para chegar a um acordo em torno da reforma tributária que não prejudique a política econômica executada pelo governo federal, mas que também resolva as pendências municipais. "Tem que haver unidade e um pensamento único, para ninguém sair prejudicado", afirmou Cavalcanti.

Ele informou que pretende participar também das discussões da Medida Provisória 232. A MP corrige m 10% a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física em 2005 e reajusta a base de cálculo da Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) das empresas prestadoras de serviços e fixa a alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica em 1,5%.

No que diz respeito à MP 232, Severino Cavalcanti quer promover um encontro de Palocci com empresários e representantes do comércio, principais críticos do texto editado pelo governo no final de dezembro. "O Palocci vem aqui encontrar-se com os empresários, encontrar uma solução, um 'modus vivendi', porque sabemos é que não pode continuar um grupo hostilizando o governo e o governo não se sensibilizar", afirmou.