PMDB se encontra acéfalo em Cuiabá, critica Rabello

Em Cuiabá, o PMDB passa por momento de instabilidade. O presidente municipal do partido, o ex-vereador Totó Parente, se licenciou do cargo e não se encontra na cidade. De acordo com o vereador Walter Rabello, único representante da legenda na Câmara Municipal, o partido está se distanciando da sociedade. "Depois que fui eleito, não tive nenhum apoio do diretório municipal". Rabello afirma que teve apenas um encontro com Totó, logo após o 2º turno das eleições municipais. "Era só para avisar que ia se licenciar".

O vereador afirma que conversou com a deputada Teté Bezerra (PMDB) e com o presidente regional do partido, Carlos Bezerra, para a formação de uma comissão provisória que atuaria até as próximas eleições. Rabello ficaria na presidência. "Mas este ano ainda não tivemos reunião. Como não faço parte da Executiva, não tenho forças legítimas para mover ações". O vereador diz que já conversou com os deputados Silval Barbosa (PMDB) e José Carlos do Pátio (PMDB) e que ambos concordaram com a comissão.

Na Câmara, Rabello faz parte da bancada de sustentação do prefeito Wilson Santos (PSDB). "Apesar de Totó ter defendido Alexandre César (PT), eu optei por Wilson. Pedi até votos para o prefeito, então não teria como ser da oposição. Mas ficarei atento aos critérios que avaliar positivo". O vereador garante também que não possui divergências pessoais com o deputado Lino Rossi (PP). Evitando polêmica, Rabello diz que nunca feriu a honra da família do progressista. Afirma que não é responsável pelo desistência de Rossi em migrar para sua sigla. "É público que não apoio algumas ações de Lino Rossi como parlamentar, mas ele não se desfiliou por minha causa". Na segunda-feira, após permanecer 12 horas filiado ao PMDB, Rossi voltou ao PP alegando incompatibilidade com Rabello.