Senado faz última tentativa do ano para aprovar MPs

O Senado faz hoje a última tentativa deste ano para aprovar as medidas provisórias (MPs) e, com isso, permitir a votação do projeto de lei que institui as Parcerias Público-Privadas (PPPs). O projeto é considerado prioritário pela equipe econômica para a construção de obras de interesse do governo, principalmente, nas áreas de transportes e energia elétrica. A base aliada ainda enfrentou dificuldades ontem para acelerar as votações e aprovou apenas três das nove MPs que, por determinação constitucional, têm prioridade no plenário.

Somente perto das 18 horas os líderes conseguiram iniciar a ordem do dia - o momento da sessão em que são votadas as matérias legislativas - marcada para as 16h30. Para tirar o atraso de hoje, os senadores deverão iniciar amanhã a sessão às 10 horas e mantê-la aberta até terminar as votações.

"Vamos ter sessão amanhã (hoje) o dia todo", anunciou o líder do governo, Aloízio Mercadante (PT-SP). O governo teve de reunir-se com a oposição ontem, no início da tarde, para discutir as negociações sobre a votação do relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista do Banestado no Congresso, que investiga o desvio de dólares pelas contas bancárias chamadas de CC-5, nas remessas para o exterior.

As negociações sobre o Orçamento também exigiram da base aliada negociações para conciliar as votações de ontem. Foram votadas hoje as MPs 216, 217 e 218. Uma trata do plano de carreira dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério da Agricultura e do Departamento de Imprensa Nacional