Magistrado já havia aberto sigilo

O desembargador Donato Fortunato Ojeda, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), afirmou ontem que abriu mão do sigilo bancário antes mesmo do ministro Gilson Dipp fazê-lo. A revelação foi feita devido a decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última quarta-feira (15).

"Diante da insistência do Ministério Público Federal (MPF), que via a necessidade da quebra do sigilo para que se apurassem as acusações oferecidas pelo Ministério Público local, que colocava sob suspeita de improbidade algumas decisões judiciais tomadas pelo desembargador, este autorizou a seus advogados em Brasília que oferecessem ao ministro a quebra de seu sigilo, antecipadamente, por acreditar que a verdade deve prevalecer sempre, bem como, para que não restasse qualquer dúvida quanto a sua conduta profissional e moral, reconhecidamente, ilibadas. Afinal, quem não deve não teme", afirma Ojeda, em material divulgado por sua assessoria.

O desembargador do TJMT responde a processo penal por atos de improbidade administrativa no exercício da magistratura, como liberação irregular de liminares.