Militância partidária atrai os vereadores sem mandatos

A derrota nas eleições de 2004 significa para muitos a retomada e a dedicação às atividades profissionais. Para outros, ficar fora do Legislativo não impede a continuidade na luta pelas causas defendidas em plenário. O resultado das eleições passou a ser apenas um fato para se analisar e descobrir onde foi o erro.

A vereadora Enelinda Scala (PT) pretende continuar a militância no partido e nos movimentos comunitários, os quais lhe deram a projeção política que lhe rendeu uma vaga na Câmara. “Estamos num momento de reflexão, mas vou continuar lutando nos movimentos sociais, porque antes de ser vereadora, a minha militância era nos movimentos comunitários”, assegurou.

As atividades estratégicas do PSDB rumo às eleições de 2006 irão ocupar parte do tempo do vereador Benedito Cesarino. O restante do tempo ele irá dedicar à medicina e às suas funções de professor na UFMT. “Não pretendo disputar nenhum cargo, até porque se a minha base não conseguiu me reeleger, um mandato para deputado estadual é ainda mais difícil”, ponderou.

Zito Adrien (PPS) garante que vai continuar na política exercendo sua função de vice-presidente do partido e na construção da reeleição do governador Blairo Maggi. O PPS, segundo ele, foi bem nas eleições, uma vez que fez três vereadores. “Sou arquiteto de profissão e sou fazendeiro”, disse, ao falar das atividades as quais vai se dedicar.

Já o vereador Dito Fiscal (PP) trabalha com duas possibilidades. Pode assessorar o deputado federa Lino Rossi (PP) em Brasília e trabalhar para a sua reeleição, ou retornar à função de fiscal de tributos da Sefaz. Nesse caso, um projeto político que está sendo pensado juntamente com o vereador não eleito Edmilson Prates (PP) seria uma opção. “Estamos querendo formar um grupo suprapartidário com o intuito de eleger um deputado estadual”, explicou.

O veredor João Batista (PSB), apesar de ser do partido que elegeu a vice-prefeita não recebeu convites para compor a administração municipal. Mestre em Administração, o vereador exercerá a função de diretor de Planejamento do SESC, retomará as suas atividades de professor, além de se preparar para o doutorado. “Me acho preparado para ajudar na administração, mas não fui convidado para nada”, disse ao ressaltar, no entanto, que está a disposição do partido para 2006.

O vereador Milton Rodrigues (PMDB), que teve pouco mais de 700 votos, encampou o projeto da Guarda Municipal. Ele montou uma empresa de consultoria e pretende viajar o Estado oferecendo o projeto aso prefeitos. “E vou aproveitar também para viabilizar a minha candidatura a deputado estadual em 2006”.

O vereador Deucimar da Silva (PFL), segundo a sua assessoria, vai se dedicar às suas atividades empresariais e continuar a sua militância como secretário de o PFL em Mato Grosso. A reportagem não conseguiu entrar em contanto com os vereadores Edmilson Prates (PP) e Caio Cesar (PPS). (MR)