Blairo diz que PT é oposição a seu governo

“Não estou negociando minha transferência para o PV e nem para outro partido e não tenho ligação alguma com o PT. Este partido sempre foi oposição ao meu governo”. Esta foi a reação de Blairo Maggi ao comentar para o site 24 Horas News na manhã desta quarta-feira os rumores de que poderia deixar a base de apoio ao governo Lula e ingressar no PV e também ao falar sobre sua relação com o PT de Mato Grosso.

Ao ser indagado sobre sua relação com o partido de Lula, o PT em Mato Grosso, Blairo Maggi foi enfático. “O PT de Mato Grosso nunca esteve comigo. O deputado Saguas (Moraes), eventualmente vota com o governo. Verinha (Araújo) nunca nos apoiou. Para mim não muda nada. Se tenho alguém de oposição aqui no Estado este é o PT. Não muda nada”, disparou.

Com relação a decisão de seu partido, o PPS de deixar a base aliado do governo Lula, o governador de Mato Grosso voltou a afirmar que defende uma posição de independência, porém sem rompimento com Lula. Garante que vai continuar criticando o governo federal, que não muda sua posição e que as criticas que faz visam apenas mostrar os erros para que Lula e sua equipe possam acertar, corrigir o leme. “Não estou preocupado se em 2006 Lula será reeleito ou se teremos um outro presidente. Se Lula acertar seu governo será credenciado. Não vejo problema nenhum”, reafirmou para ressaltar em seguida que a posição do PPS abandonar o barco não resolve. “Se o barco não está bem é preciso ajudar a remar. Pular não me agrada muito. Defendo independência, mas uma independência coerente. Se estamos no governo temos de dar a nossa parte”, disse, lembrando que foi uma surpresa o rompimento. “Deixei claro que não concordo. Vamos discutir esta decisão em fevereiro. Não tenho pressa, não mesmo porque não temos cargo algum no governo federal”, ressalta.

Com relação a dois ícones do PPS em Mato Grosso, Roberto França e Percival Muniz que deixam no próximo dia 31 as cadeiras de prefeitos de Cuiabá e Rondonópolis respectivamente, Blairo Maggi garantiu que não existe nenhum compromisso ou intenção de acomadá-los em seu governo. “Eles vão continuar fazendo parte do grupo político. Vamos caminhar juntos”, finalizou