OAB cobra promessas feitas aos detentos do “Cadeião” de VG

A presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso, Betsey Polistchuk de Miranda, encaminhou ofício a direção da Cadeia Pública do Capão Grande, em Várzea Grande, cobrando o atendimento das reivindicações dos detentos. Os presos apresentaram uma lista de problemas, que incluiu, inclusive, transferência, por ocasião de uma rebelião realizada no dia 20 passado. “Os detentos precisam de uma resposta ao que pediram” – disse.

A principal reivindicação dos presos era quanto a transferência para unidades prisionais em que pudessem estar mais próximo de seus familiares. Logo após a rebelião, alguns dos presos foram recambiados para outros municípios. “A nossa comissão quer acompanhar de perto todo o trabalho no tocante a essa situação” –frisou Betsey Miranda. Ela informou que 22 presos reclamaram que estavam com pena vencida.

Betsey Miranda disse que encaminhou ofício às Varas de Execuções Penais de Cuiabá e Várzea Grande solicitando um levantamento da situação de cada um dos detentos cujos nomes foram listados. Há casos também de presos, segundo a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, que já poderiam estar em regime de progressão, mas continuam reclusos nas dependências do Cadeião de Capão Grande.

À direção da Cadeia Pública, Betsey solicitou providências contra o forte mal-cheiro existente nas dependências do presídio. Esse mal-cheiro, segndo ela, seria provocado pela falta de uma fossa séptica ou esgotamento sanitário. “A situação está horrível, com os detentos correndo sérios riscos de danos na saúde” – ela frisou.