Deputados voltam a divergir sobre a divisão de Mato Grosso

A divisão de Mato Grosso voltou a ser debatida hoje de manhã na Assembléia Legislativa. O presidente eleito para o próximo biênio, o deputado Silval Barbosa (PMDB) parabenizou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)por ter determinado abertura de estudo para redivisão do país.

Com essa determinação volta à tona a discussão sobre a redivisão de Mato Grosso, com criação do Estado do Araguaia. Segundo Barbosa, o projeto está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, com condições de receber parecer favorável.

O parlamentar lembra que já foram destinados R$ 2,7 bilhões, a fundo perdido, para estudar a questão da redivisão territorial do país de forma geral.

Silval Barbosa, que é um defensor da divisão de Mato Grosso, já adiantou que marcará uma audiência com o ministro Luiz Gushiken, responsável pelo estudo, para apresentar a ele material sobre a viabilidade sócio-econômica da criação do Estado do Araguaia.

O deputado Carlos Brito (sem partido) ocupou a tribuna para dizer que o que Mato Grosso menos precisa hoje é ser divido. Para ele, dividir o território é dividir o sucesso que o Estado conseguiu a duras penas.

Brito destacou ainda que o Governo do Estado hoje está presente em todas as regiões, acabando com os problemas que levantaram a questão da divisão.

A deputada Vera Araújo (PT) também se declarou contra a divisão e lembrou que há posições divergentes na Assembléia Legislativa e que o assunto, mesmo com o estudo determinado pelo presidente Lula, terá que passar pelo Congresso Nacional.

Para o presidente da Assembléia Legislativa, deputado José Riva (PTB), a discussão de redivisão territorial do país é inoportuna. Conforme ele, o sentimento de divisão que havia antes, diminuiu sensivelmente em Mato Grosso devido aos investimentos que o Governo do Estado tem feito em todas as regiões.

"Esse assunto deveria ser abortado nesse momento político. Se Mato Grosso continuar como está, dificilmente haverá divisão. O momento é discutirmos que o Governo Federal está em débito com Mato Grosso na questão das BRs 163 e 158", ressaltou Riva.