Morte de Luiz Preto: motivação política

Representantes de quatro partidos que compõem a coligação União e Força (PTB, PPS, PSB e PMDB) do município de Lambari D’Oeste, a 324 km de Cuiabá, escolhem até esta quarta-feira, 29, o substituto de Luiz Preto (PTB), candidato a prefeito assassinado no domingo, 26, para assumir a “cabeça” de chapa.

Sob o argumento de crime político, a população pretende realizar manifestação pública em repúdio à morte do ex-prefeito, velado durante a terça-feira na Câmara Municipal de Lambari. A escolha natural de quem substituirá o candidato tende a recair sobre a viúva do petebista, Maria Manéia da Cruz.

Em reunião na cidade com líderes políticos, dos quais 24 candidatos a vereador, o deputado estadual Carlos Brito (sem partido), pediu que fosse restabelecido o processo democrático, sem revanchismos ou acusações não comprovadas.

“Vou acompanhar as investigações e o culpado será punido. Em Lambari, a revolta é grande, muito grande. A população clama por justiça”, disse o deputado.

No encontro, Brito apresentou ofício encaminhado na segunda-feira, 27, ao secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Célio Wilson de Oliveira, pedindo agilidade nas investigações, e se comprometeu a solicitar reforço policial para o dia da eleição.

Na cidade, o clima é de tensão e de provocação. Segundo os aliados do candidato assassinado, a ameaça dos adversários é de que se ganhasse as eleições, Preto não assumiria.

O inquérito que apura a morte de Luiz Preto está sendo conduzido pelo delegado de Rio Branco, Percival Eleutério de Paula.