PC do B atribui exoneração de Sérgio Negri a retaliação política

A exoneração do coordenador de Meio Ambiente do município, Sérgio Negri, que ocupava o único cargo de confiança do PC do B na administração de Percival Muniz (PPS), está sendo considerada como o início das retaliações a partidos que optaram pela oposição ao candidato do PPS, Adilton Sachetti. Esta é a avaliação dos membros do PC do B ao receberem a notícia da exoneração na tarde de ontem.

Sérgio era considerado um profissional competente e sempre participou da administração de Percival. O primeiro cargo ocupado por ele foi na coordenação de trânsito e o convite foi feito pelo próprio prefeito. Na época, Sérgio acabou enquadrado na cota técnica, ou seja, indicação pessoal do prefeito. No ano passado, ele acabou assumindo a coordenação de Meio Ambiente no lugar de seu irmão, Sílvio Negri. O cargo era o único de indicação do PC do B.

“Já esperávamos por esta retaliação e consideramos que este será o início. Agora estamos esperando a demissão do pessoal do PMDB”, disse a secretária de organização sindical do PC do B, Janete Carvalho.

Para Janete, a ação sem motivos técnicos acabou pegando o partido de surpresa. “Nós entendemos que deveríamos continuar na administração até mesmo porque nós ajudamos a eleger Percival Muniz, mas como ele é o prefeito, só cabe a nós aceitarmos”, ressaltou.

De acordo com ela, o partido avaliou esta hipótese quando optou pelo apoio a Zé Carlos do Pátio (PMDB) e a proposta de um novo projeto administrativo acabou vencendo. “Embora tenhamos trabalhado para este governo, notamos que ele não tem melhorado a vida dos trabalhadores e é isso que estamos buscando ao lado do PMDB, um novo projeto para Rondonópolis”, finalizou.

No final da semana passada, Percival Muniz havia dito que não iria exonerar funcionários do PMDB, mas não se pronunciou à respeito de outros partidos. Hoje, o prefeito não foi encontrado para falar sobre o assunto.