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Meio Ambiente
Segunda - 20 de Novembro de 2023 às 06:57
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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Com termômetros na casa dos 41ºC, as árvores têm papel fundamental na redução do efeito “ilha de calor” nas áreas urbanas da Capital
Com termômetros na casa dos 41ºC, as árvores têm papel fundamental na redução do efeito “ilha de calor” nas áreas urbanas da Capital

Desde o início da onda de calor, Cuiabá vive dias com temperaturas extremamente elevadas e liderando o ranking de capitais mais quentes do país.

Com termômetros na casa dos 41ºC, as árvores têm papel fundamental na redução do efeito “ilha de calor” nas áreas urbanas da Capital mato-grossense, que busca resgatar o título de “Cidade Verde”.

Quanto mais verde a cidade, melhor a qualidade do ar que se respira e mais agradáveis são a paisagem e o clima.

De acordo com a Prefeitura, considerando o Censo 2023, que aponta 718.000 habitantes para a Capital, o Índice de Área Verde (IAV) por habitante é de 27%, o que significa dizer que Cuiabá possui uma grande área de expansão urbana e um índice baixo de população, fator que a coloca numa posição acima do indicado como ideal - ou quase quatro vezes mais - pela Organização das Nações Unidas (ONU), que é de 7,6% IAV.

Para a administração municipal, Cuiabá desponta em relação ao Marco Regulatório da Arborização Urbana, aprovado na semana passada pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados.

A Política Nacional de Arborização Urbana (Pnau) estabelece objetivos, diretrizes e instrumentos da nova política e reconhece as árvores urbanas como elementos de infraestrutura essencial, e será elaborada e executada pela União e por estados e municípios, em regime de cooperação.

A proposta também altera a Lei de Crimes Ambientais, para incluir um capítulo sobre crimes contra a arborização urbana.

O texto prevê, por exemplo, penas para quem cortar arvores sem autorização ou plantar espécies não recomendadas pelo município.

Além disso, institui o Sistema Nacional de Informações sobre Arborização Urbana (Sisnau), para que os municípios incluam informações sobre arborização e utilizem esses dados em planejamentos.

Na Capital, um projeto citado, por meio da assessoria de imprensa, é o plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Aricá-Açú, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano Sustentável.

Há ainda o Plano de Arborização da cidade previsto no Plano Diretor Urbano, com o plantio de mudas de diversas espécies, como os ipês, saboneteira, oiti, sombreiro, jacarandá, pata-de-vaca, bocaiuva e o cajueiro.

Na Avenida Miguel Sutil, considerada uma das principais vias da cidade, serão aproximadamente 300 árvores de Ipê de cores variadas: amarelo, roxo, branco, rosa, segundio informou a assessoria.

“Temos feito o replantio das árvores na cidade costumeiramente e vamos avançando com o objetivo de tornar Cuiabá mais arborizada com vistas a amenizar o clima quente. A ação é a médio e longo prazo, mas não estamos inertes à realidade. E estamos replantando onde for necessário e plantando onde não tem. O Córrego do Gambá, por exemplo, ganhou mudas de cerca vivas que vão proteger a área”, explicou o secretário municipal de Desenvolvimento Urbano Sustentável, Renivaldo Alves do Nascimento.

De acordo com o diretor de Projetos Públicos e Parcelamento do Solo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Tony Schuring Siqueira, a arborização também contemplará as ilhas e corredores de calor.

"Esses espaços foram prejudicados com a massa urbana, as construções... O desenvolvimento da cidade é importante e exige a compensação de plantio, uma vez que muitas são destruídas para dar lugar a novos empreendimentos, tanto de moradia como de negócios. Mas a compensação ainda é fraca, é preciso melhorar a legislação ambiental. Aí teremos um enfrentamento ainda mais assertivo em relação ao calor”, afirmou.





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