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Politica Brasil
Segunda - 01 de Agosto de 2011 às 14:01
Por: Claudia Andrade

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A reunião de coordenação conduzida pela presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira terminou, pelo menos oficialmente, sem que se discutissem as denúncias de corrupção que atingem o ministério da Agricultura. A expectativa, no entanto, é que os esclarecimentos iniciais sejam buscados dentro da própria pasta, pelo ministro Wagner Rossi.

Questionada se o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do governo no Senado e presente na reunião, havia dado explicações sobre as denúncias, a ministra Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, negou. "Nesta reunião, não."

Oscar Jucá Neto, irmão do líder do governo no Senado, foi exonerado da diretoria financeira da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na semana passada, após denúncias relacionadas a um suposto pagamento a uma empresa fantasma. À revista Veja desta semana, Jucá Neto afirmou existir no ministério um esquema de arrecadação de dinheiro e favorecimento de aliados comandado pelo próprio ministro Rossi.

Se o Planalto, ainda em meio à reconstrução da estrutura do Ministério dos Transportes, não se posiciona oficialmente sobre as acusações que agora recaem sobre a Agricultura, no Senado a oposição se movimenta em busca de explicações. Com a retomada dos trabalhos depois do recesso parlamentar, o líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), já anunciou que pretende convocar o ministro Rossi para falar sobre o caso.

A oposição também quer ouvir o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, sobre os escândalos que derrubaram mais de duas dezenas de integrantes da pasta, e também os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão, e do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence.

No caso do Ministério de Minas e Energia, uma reportagem da revista Época afirma que funcionários da Agência Nacional de Petróleo (ANP) cobrariam propina para resolver pendências de empresas do ramo de combustíveis junto ao governo. No caso do Ministério do Desenvolvimento Agrário, as denúncias apontam supostas negociações envolvendo lotes destinados à reforma agrária envolvendo pessoas com cargos de confiança no governo.

Assim como na Agricultura, nesses dois casos os ministros também devem buscar os esclarecimentos iniciais. O processo será semelhante ao que ocorreu nos Transportes, quando o Planalto deu um voto de confiança ao então ministro Alfredo Nascimento para que comandasse a apuração das denúncias. Contudo, ele acabou não resistindo à nova denúncia envolvendo o aumento do patrimônio de seu filho e pediu demissão.





Fonte: Terra

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