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Saúde
Segunda - 06 de Dezembro de 2010 às 23:42

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Com o tema “Ciência e Saúde Ambiental – Teorias, Metodologias e Práxis”, será realizado, de 6 a 10 de dezembro, em Belém/PA, o I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental. O evento é promovido pela Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco) em parceria com o Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador (DSAST/SVS/MS) e o Instituto Evandro Chagas (IEC/SVS/MS), ambos da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

O objetivo do Simpósio, que contará com a presença de conferencistas de renome nacional e internacional, é discutir as principais questões emergentes da relação entre o ambiente e a saúde, por meio de cursos, oficinas, mesas redondas, painéis e comunicações coordenadas. Além disso, serão exibidos cerca de 500 pôsteres sobre os mais variados temas no âmbito da saúde ambiental. Os pôsteres serão avaliados por uma comissão julgadora que premiará os três primeiros colocados. O evento reunirá aproximadamente mil participantes, incluindo docentes, pesquisadores, gestores, profissionais dos serviços de saúde e outros profissionais interessados no debate sobre saúde e meio ambiente.

Segundo Nelson Gouveia, presidente do Simpósio, o encontro será uma oportunidade para que as diversas disciplinas e os diferentes atores tenham acesso a novos conhecimentos, teorias e práticas, estabeleçam vínculos produtivos e apresentem à sociedade os resultados de seus trabalhos e de suas reflexões. “A expectativa é que possamos sair de Belém com diretrizes orientadoras de nossas atividades na área da saúde ambiental”, afirmou. Guilherme Franco Netto, diretor do DSAST, também destacou a importância do evento. “O Simpósio vai fortalecer o processo de produção de conhecimento científico sobre saúde ambiental”, constatou.

O I Simpósio Brasileiro de Saúde Ambiental aprofundará o debate sobre temas abordados na 1ª Conferência Nacional de Saúde Ambiental. A Conferência, realizada em dezembro de 2009, discutiu diretrizes para uma política pública integrada no campo da saúde ambiental, a partir da atuação transversal e intersetorial dos vários atores envolvidos com o tema.

Cada vez mais, a temática da saúde ambiental tem ocupado espaço no cenário nacional e internacional. A industrialização e a urbanização acelerada das últimas décadas criaram impactos variados sobre a natureza. As implicações desse processo sobre a saúde e a qualidade de vida das populações ainda não estão totalmente dimensionadas e têm sido motivo de preocupações.

Dada a natureza complexa e multidimensional das inter-relações entre o meio ambiente e a saúde, mediadas pelos padrões de produção e consumo, frutos de relações socioeconômicas e culturais experimentadas pelo atual modelo de desenvolvimento, torna-se cada vez mais necessário desenvolver e aprofundar teorias e técnicas que auxiliem o entendimento das influências do meio ambiente na saúde, forneçam subsídios para a formulação de repostas apropriadas do ponto de vista da Saúde Pública e, dessa forma, possibilitem intervenções consistentes e efetivas através de abordagens integradoras e globalizantes.

 O setor saúde tem buscado participar mais ativamente dessa agenda, seja pela sua atuação tradicional no cuidado de pessoas e populações atingidas pelos riscos ambientais, seja pela valorização das ações de prevenção e promoção da saúde. Essa tendência tem apontado a necessidade de superação do modelo de vigilância à saúde, baseado em agravos, e a incorporação da temática ambiental nas práticas de saúde pública.






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